quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O FOCO DA CORRUPÇÃO

 PLANALTO EM ALERTA COM NEGOCIAÇÃO DE DELAÇÃO DE CERVERÓ.

No Palácio do Planalto, o clima é de muita preocupação com a delação premiada que está sendo negociada pelo ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

O temor no núcleo do governo é que Cerveró pode ligar Dilma diretamente à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), que deu prejuízo à Petrobras na época em que ela presidia o Conselho de Administração da estatal.

No início de 2014, Cerveró chegou a ameaçar o envolvimento da presidente ao dizer que ela tinha conhecimento de todos os detalhes da compra da refinaria.

Na ocasião, Dilma divulgou uma nota na qual afirmou que a decisão do conselho foi tomada com base em um parecer "falho" elaborado pela área que era de responsabilidade de Cerveró.

O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, chegou a dizer que Dilma tinha conhecimento de toda a operação, mas, depois, Cerveró voltou atrás e fez media training, orientado pela Petrobras, para adequar sua fala à CPI da Petrobras que funcionava no Congresso.

< Delcídio do Amaral, então, à época, foi escalado para monitorar pessoalmente Nestor Cerveró, já que era muito próximo ao ex-diretor da Petrobras.

Delcídio revelou que Cerveró também era próximo ao PMDB e ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). A indicação de Cerveró tinha aval de setores do PT e do PMDB.

Além disso, há preocupação no governo com o risco sistêmico no setor financeiro por conta da queda vertiginosa das ações do BTG Pactual após a prisão do banqueiro André Esteves.


Entre parlamentares que acompanham o episódio, a avaliação é que André se envolveu diretamente na operação para evitar a delação de Nestor Cerveró em razão da compra, pelo BTG, de um controle de poços da Petrobras na África. A CPI da Petrobras constatou que a operação gerou prejuízo à estatal.
Fonte: G1 – DF.

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