DILMA AMPLIA VANTAGEM SOBRE MARINA E AÉCIO.
A petista
oscila um ponto para cima, a pessebista varia um ponto para baixo e Aécio
mantém índice.
São Paulo. A
presidente Dilma Rousseff (PT) ampliou ainda mais sua vantagem em relação à
principal adversária, Marina Silva (PSB), e chegou a 47% dos votos válidos, de
acordo com pesquisa Ibope divulgada ontem.
Na disputa pela segunda vaga em
um eventual segundo turno, Marina voltou a oscilar para baixo, enquanto o
tucano Aécio Neves (PSDB) permaneceu no mesmo patamar pelo quarto levantamento
seguido.
Em dois dias, segundo o Ibope,
Dilma passou de 39% para 40% das intenções de votos totais, enquanto Marina
variou de 25% para 24%, e Aécio ficou nos 19% que apresenta desde a metade de
setembro.
Votos válidos
Nos votos válidos - quando se
exclui da conta os brancos, os nulos e eleitores indecisos - o placar é de 47%,
28% e 22%, respectivamente.
Na simulação de segundo turno
entre Dilma Rousseff e Marina Silva, a presidente conseguiu sair do empate
técnico e abriu sete pontos percentuais de vantagem (43% a 36%).
Em um confronto direto contra
Aécio, a petista teria vitória ainda mais folgada se a eleição fosse hoje: 46%
a 33%.
Desde o dia 15 de setembro, a
taxa de votos válidos em Dilma subiu paulatinamente nas pesquisas Ibope (42%,
43%, 45% e agora 47%), o que reabre a possibilidade de uma vitória no primeiro
turno.
Para que isso ocorra, ela
precisará de pelo menos 50% dos válidos (maioria absoluta) no domingo. Em 2010,
quando concorreu pela primeira vez, a petista não passou dos 47% na primeira
rodada da eleição.
Considerando-se os votos totais,
Dilma subiu cinco pontos percentuais no Nordeste, seu principal reduto
eleitoral. Lá, ela tem 54% das intenções de voto. Marina vem a seguir, com 24%,
e Aécio aparece com apenas 7%.
No Sudeste, região que concentra
quatro em cada dez eleitores, a presidente apenas oscilou para cima, de 30%
para 32%, mas saiu do empate técnico com a candidata do PSB, que passou de 27%
para 25%.
Aécio, por sua vez, manteve-se
com 23%, apesar de ter concentrado seus eventos de campanha nos estados de São
Paulo e Minas Gerais.
O Ibope ouviu 3.010 eleitores
entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro. A margem de erro da pesquisa é de
dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Isso significa que, em 100 pesquisas feitas com a mesma metodologia, 95 terão
resultados dentro da margem de erro prevista pelo instituto. O levantamento foi
registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00942/2014.
Rejeição
O Ibope mostrou uma oscilação
para baixo das taxas de rejeição de Dilma e Marina. A da petista passou de 31%
para 29% e a da pessebista foi de 20% para 18%. Segundo o levantamento, passou
de 19% para 20% os que disseram que não votariam em Aécio de jeito nenhum.
A pesquisa também mostra um
cenário de estabilidade na avaliação do governo Dilma. A avaliação boa ou ótima
oscilou de 38% para 39%. A avaliação regular se manteve em 33% e a ruim ou
péssima passou de 28% em 26%. Apenas 2% dos entrevistados não souberam ou não
responderam à questão.
A avaliação boa ou ótima do
governo voltou ao mesmo patamar de 39% registrado em novembro de 2013, na
melhor marca desde então. No pior momento, em junho e julho deste ano, o índice
ficou em 31%.
O nível de aprovação da maneira como
Dilma está governando o País se manteve praticamente estável: oscilou de 49%
para 50% os que aprovam e de 44% para 43% os que desaprovam; 7% não souberam ou
não responderam. A nota média atribuída ao governo foi 5,6, igual a dos dois
levantamentos anteriores.
Potencial de voto
O Ibope mostra uma nova oscilação
negativa no potencial de voto de Marina, colocando-a em situação de igualdade
com Dilma e Aécio. Os que dizem que votariam em Marina com certeza ou poderiam
votar nela para a Presidência da República caíram de 65% para 61%, depois a 58%
e agora estão em 56%, mesmo patamar de Dilma. No caso de Aécio Neves (PSDB), o
potencial de voto oscilou de 55% para 56% e agora voltou a 55%.
Datafolha: PSB e PSDB empatados
São Paulo.
Pesquisa Datafolha divulgada, ontem, mostra empate técnico na disputa pelo
segundo lugar da corrida ao Planalto. De acordo com o levantamento, Marina
Silva (PSB) voltou a cair e tem agora 24%, enquanto Aécio Neves (PSDB) subiu
para 21%. Líder da disputa, a presidente Dilma Rousseff (PT)manteve 40% das
intenções de voto. Na pesquisa anterior, Marina tinha 25% contra 20% de Aécio.
Dilma manteve os 40%.
Luciana Genro (PSOL), Pastor
Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada um. Os votos brancos são 5%,
mesmo percentual dos votos nulos.
Considerando apenas os votos
válidos (excluindo brancos, nulos e indecisos), Dilma aparece com 45%, Marina
tem 27% e Aécio, 24%. Para vencer a disputa no primeiro turno, um candidato
precisa de 50% mais um dos votos válidos.
Na simulação do segundo turno,
Dilma Rousseff venceria Marina Silva por 48% a 41%. Os números seriam os mesmos
em disputa contra Aécio.
O Datafolha ouviu 12.022
eleitores em 433 municípios na quarta (1º) e ontem. A pesquisa foi encomendada
pela "Folha de São Paulo" em parceria com a "TV Globo". A
margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de
confiança é de 95%, ou seja: em 100 levantamentos, os resultados estarão dentro
da margem de erro em 95 ocasiões.
O registro no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) é BR-00933/2014.
Após o resultado da pesquisa
Datafolha, o presidente do PT, Rui Falcão, admitiu ser possível o embate entre
Dilma e Aécio Neves no segundo turno. Até então, o PT trabalhava com o cenário
de disputa contra Marina no segundo turno. "Embora o tempo seja curto para
a reversão, estatisticamente é possível um encontro de Dilma e Aécio no
domingo", afirmou Falcão na noite de ontem.
O petista, que estava no Rio para
acompanhar o último debate dos presidenciáveis, na TV Globo, comemorou os
números. "Não escolhemos adversário, quem vai escolher é o eleitor. O
importante é que Dilma continua liderando em todos os setores com projeção de
vitória".
Para Falcão, Aécio tem vantagem
sobre Marina por ter mais estrutura partidária e número da legenda mais conhecido
que o da adversária do PSB.
O vice-presidente da República,
Michel Temer, também comemorou os números, mas recomenda cautela.
"Precisamos trabalhar", afirmou.
Ele disse que o PMDB será
"fundamental" para garantir a reeleição de Dilma.
FONTE: IBOPE.
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