As empresas Odebrecht e Camargo
Corrêa negaram envolvimento no esquema em que parte do valor de contratos
firmados com a Petrobrás era repassada para partidos políticos. Elas foram
citadas, juntas com outras empresas, no depoimento do ex-diretor da estatal, Paulo
Roberto Costa, feito na quarta (8) à Justiça Federal. Segundo o ex-diretor,
empreiteiras repassavam 3% do valor de contratos superfaturados ao PP, PT e
PMDB. Em nota, o PT repudiou “com veemência e indignação” as declarações
“caluniosas” do ex-diretor. Já o PP informou desconhecer as denúncias. O PMDB,
por sua vez, não comentou as acusações alegando que não teve acesso ao
depoimento.
“A Odebrecht nega veementemente
as alegações caluniosas feitas pelo ex-diretor da Petrobrás e em especial ter
feito qualquer pagamento a qualquer executivo ou ex-executivo da estatal. A
Odebrecht mantém, há décadas, contratos de prestação de serviços com a
Petrobrás, todos conquistados de acordo com a lei de licitações públicas”,
disse a empresa, em nota.
A Camargo Corrêa, também em nota,
diz não ter feito qualquer pagamento a Youssef. “Em relação aos referidos
depoimentos, o CNCC [Consórcio Camargo Corrêa] repudia as acusações sem prova
contra o consórcio e seus executivos. O contrato em questão foi conquistado em
licitação de menor preço. O Consórcio CNCC reafirma ainda que não realizou
nenhum pagamento ao Sr. Alberto Yousseff, nem a quaisquer de suas empresas e
não pode responder por pagamentos efetuados por terceiros”.
À Justiça, Costa disse que as
empresas Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Mendes
Júnior, UTC Engenharia, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia participavam do
esquema de superfaturamento de contratos com a Petrobras e repasse de propina
ao PP, PT e PMDB.
Procuradas pela reportagem, as
empresas Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Mendes Júnior, UTC Engenharia,
Queiroz Galvão e Galvão Engenharia não foram encontradas para comentar o
depoimento de Paulo Roberto Costa.
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