domingo, 31 de agosto de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'DOMINGO' - 31 DE AGOSTO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

REFORMA QUE OS POLÍTICOS OBSTINAM EM CONTEMPORIZAR.

Nobres:
As altercações estão sempre voltadas para o panorama político a nível Brasil, fonte de excelência para discorrer os reflexos sociais em demanda a nossa comunidade. Em razão que na ocasião, a sociedade se faz presente aos temas políticos se faz rogar um assunto que merece revisão de conceitos a formatação de medidas provisórias (MPs) é debatida desde 1988, quando inseridas na nova Constituição em substituição aos decretos-lei da ditadura. A maior dúvida sempre foi se as MPs seriam apenas instrumentos de delegação do poder legislativo do parlamento ao Executivo, em nome de uma maior eficiência na tomada de decisões governamentais urgentes e relevantes, ou se o Congresso estaria simplesmente abdicando da sua prerrogativa de legislar. Hoje, porém, as MPs fazem o parlamento delegar ou abdicar não somente o seu poder legislativo, como também a sua própria função de caixa de ressonância da opinião pública nacional. Entulhada de MPs mais de duas dezenas foram apresentadas, a pauta do Congresso não anda. E o paradoxo está criado: em nome da eficiência na tomada de decisões, as medidas provisórias tornam a Câmara e o Senado ainda mais ineficientes. Essa série viciosa retroalimentada pela inoperância de um parlamento cada vez mais inexpressivo torna-se especialmente nefasto por MPs utilizadas para abafar e encurtar ao máximo a discussão política no Congresso Nacional. O caso, nos últimos anos, é muito sério e, a despeito do abuso escancarado da edição de MPs, esse tema específico não parece chamar a atenção. Seja pela delegação ou abdicação de poderes legislativos, as medidas provisórias passaram a significar a subjugação da própria norma constitucional aos caprichos do Executivo. Enquanto a Constituição exige, em seu artigo 62, relevância e urgência para justificar a edição de MPs, já há muito o Executivo ignora tais requisitos para tocar assuntos de seu interesse no Congresso. Instrumento de substituição aos decretos-lei da época da ditadura, as próprias MPs vêm contribuindo para tornar o Brasil um caudilhismo deste ordenamento constitucional. Requer ações mais incisivas dos políticos para que sintonize a aspirações do nosso povo, que atento é meio fundamental para se manifestar através de sua soberania em escolher o melhor para ser seu representante.

Antônio Scarcela Jorge.

VOZÃO LÍDER DA SÉRIE B - BRASILEIRÃO 2014

 SÉRIE B
VOVÔ É CAMPEÃO DO 1º TURNO.

No Castelão, Ceará derrota o Luverdense por 3 a 1 e termina primeira metade da competição na liderança.

Se o Ceará tinha como objetivo inicial terminar o primeiro turno no G-4 da Série B do Brasileiro, ontem, além de alcançar a meta, concretizou a primeira colocação da tabela, tornando-se o campeão simbólico da metade inicial da competição. A equipe cearense pôs fim a um jejum de três jogos sem vencer na competição ao bater o Luverdense, no Castelão, pelo placar de 3 a 1.

Com o resultado e o tropeço do América/MG, que apenas empatou com o Sampaio Corrêa em 0 a 0 na sexta-feira, 29, o Alvinegro assume a liderança isolada da Segundona, com 35 pontos, à frente do Avaí, que está com 34.

Na abertura do returno, o Vovô enfrenta o Oeste, no Estádio dos Amaros, no sábado, 6, às 21 horas. Já os mato-grossenses recebem o lanterna Vila Nova, no mesmo dia e horário.

A partida

O jogo no Castelão começou alucinante. Logo a 1 minuto, o meia alvinegro Ricardinho já havia assustado Gabriel Leite em chute de fora da área espalmado pelo goleiro. Na saída de bola seguinte do LEC, o zagueiro Renato bobeou e permitiu que Bill se antecipasse a ele e ao goleiro, em bola recuada da esquerda, para empurrar para as redes e abrir o placar para o Vovô.

E o jogo parecia se desenhar mesmo tranquilo para a equipe comandada por Sérgio Soares. Aos 12, Ricardinho bateu escanteio da direita na cabeça de Magno Alves, que fuzilou o goleiro Gabriel Leite para ampliar.

Só que no segundo tempo, a tranquilidade alvinegra foi quebrada aos 13 minutos. Com uma bobeada da defesa alvinegra, o goleiro Jailson fez pênalti em Samuel. Na cobrança, Misael, que já passou pelo Ceará, bateu com categoria para diminuir a diferença no marcador: 2 a 1. O atacante optou por não comemorar o tento contra seu ex-clube.

Mas aos 41, em rápido contra-ataque, Magno Alves ganhou na velocidade da defesa alviverde e tocou para Bill. O camisa 9 bateu no canto esquerdo do goleiro do LEC, sacramentando o título simbólico do turno.

Vasco goleado

Em São Januário, no Rio, o Vasco, que antes da 19ª rodada lutava pela liderança, sofreu uma goleada histórica para o Avaí de 5 a 0 e caiu para fora do G-4, ocupando agora a 5ª colocação.
O resultado catastrófico acabou causando a demissão do técnico Adilson Batista da equipe carioca após a partida.

Fonte: Folhapress.


PRIORIZAR A SECA !

 CAMPANHA PARA GOVERNADOR.
SECA PAUTA PROMESSAS DE CANDIDATOS NO INTERIOR.

Eunício Oliveira e Camilo Santana têm percorrido municípios cearenses para propor ações nessas regiões.

A candidata Eliane Novais é a que menos tem ido ao Interior, restringindo-se aos municípios da Região Metropolitana de Fortaleza.

Os candidatos ao Governo do Estado ampliaram, nesta semana, a atuação em municípios fora da Capital e se aproveitaram dos problemas locais para apresentar propostas à população de cada área visitada no Interior. As ações efetivas voltadas para o combate à seca, reforma de equipamentos públicos existentes em cada município e a criação de políticas de integração com o restante do território cearense dominaram as promessas feitas pelos postulantes que têm percorrido o Ceará atrás de voto.
Na última semana, Camilo Santana (PT) visitou oito municípios do Interior. Na quinta-feira, o petista concentrou esforços na Região do Jaguaribe e Centro-Sul cearense, passando por Jaguaretama, Ererê, Cedro e Jaguaribe. Na sexta-feira, cumpriu agenda no Sul do Estado, percorrendo Aurora, Barro, Farias Brito e Várzea Alegre.

Camilo Santana abordou o problema da seca durante a passagem por dois municípios. Em Cedro, o candidato declarou aos moradores que irá universalizar a implantação de cisternas em todo o Estado para garantir acesso à água. "Vamos universalizar a implantação de cisternas no Ceará. Nosso estado será o primeiro do Nordeste a ter cisterna em cada casa nas localidades atingidas pela estiagem", disse.

Estiagem

Já em Jaguaretama, município que sofre com a estiagem, Camilo aproveitou e pediu votos sob a justificativa de que vai ampliar o número de adutoras nos municípios cearenses, além dos projetos da Transposição do rio São Francisco e do Cinturão das Águas. "Com as obras vai ser resolvido o problema de abastecimento da água aqui na região e em outras áreas do Estado, não só para o consumo, mas para a produção, para a indústria. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa geração", exaltou.

Em Barro, Camilo se aproveitou de uma reivindicação da população sobre a reforma do hospital local para assumir o compromisso de reestruturar e equipar a unidade de saúde. "Também pretendo fazer a urbanização do Centro, no entorno da Praça da Igreja, valorizando o turismo religioso", listou o petista ao acrescentar a construção de uma delegacia 24 horas.

Na semana que passou, Eunício Oliveira (PMDB) percorreu cinco municípios. Na quinta-feira, esteve em Maranguape e Tamboril e na sexta-feira fez campanha em Acopiara, Quixelô e Várzea Alegre. De acordo com a coordenação de comunicação do candidato, a escolha dos últimos locais visitados foi definida com base nos problemas enfrentados por essas regiões na convivência com a seca.

Durante comício em Tamboril, Eunício chamou atenção para o problema ao atribuir as dificuldades do abastecimento de água à inexistência de obras e projetos hídricos de convivência com a seca. Ele ainda lamentou que R$ 1 bilhão esteja sendo gasto para a construção de um aquário em Fortaleza, enquanto muitos cearenses ainda dependem de carros-pipa.




Eunício assegurou que tem estudado junto com moradores e técnicos das regiões a construção de uma política de convivência com a seca que possa assegurar a manutenção dos serviços e atividades em cada município, bem como estimular o crescimento da produção agrícola, gerando emprego e renda para a população.

Ailton Lopes (PSOL) também ampliou as atividades no Interior, passando por Barbalha, Crato, Jardim e Juazeiro do Norte e Sobral. Fora da Capital, Eliane Novais (PSB) cumpriu agenda apenas na Região Metropolitana de Fortaleza, fazendo campanha em Caucaia e em São Gonçalo do Amarante.

Fonte: DN.


OPINIÃO DO ESCRITOR

 COMENTÁRIO
J. B. Pontes.

FALTA DE BOAS OPÇÕES PARA VOTAR.

Mais uma vez estamos sem boas opções para votar: temos que votar nos candidatos que os partidos escolheram. E todos sabemos que os nossos partidos raramente escolhem seus candidatos por meio de um processo democrático. Quase todos são dominados por um pequeno grupo de pessoas, que se atribuem o direito de escolher os candidatos. E, no nosso sistema eleitoral, só podemos votar nos candidatos apresentados pelos partidos políticos. E pelo cenário de opções de candidatos, não resta dúvida que não devemos ter nenhuma esperança que venham a ocorrer às mudanças sociais de que tanto precisamos. Teremos, mais uma vez, que escolher o “menos ruim”, dentre as opções que os partidos nos apresentam. E você sabe como os “partidos”, de uma forma geral, escolhem os seus candidatos? O primeiro critério é que os pretendentes tenham muito dinheiro para “investir” na campanha (leia-se, na compra de votos); o segundo, que eles sejam bons mentirosos, que tenham a “cara de pau” de prometer tudo que os eleitores desejam (mesmo sabendo que depois não farão nada daquilo). Na realidade, não vivemos uma democracia, mas a sua forma degenerada – a demagogia, na concepção de Aristóteles. No atual momento, em todos os lugares há uma busca frenética dos “cabos eleitorais” por votos, procurando cumprir o que prometeram (leia-se: venderam) aos seus candidatos (leia-se: cúmplices). E de forma a sobrar o máximo de dinheiro para eles mesmos. Situação terrível; parece até que não temos saída. Pensamos que só há um meio de enfrentar essa calamidade: a sociedade terá que se organizar e se engajar na política, a partir da consciência da sua importância para o futuro de todos. A proposta é simples, mas exige muito empenho e sacrifício de todos:


1. A organização de uma entidade suprapartidária, congregando o máximo de cidadãos conscientes e idôneos, para discutir e elaborar um plano de governo viável e adequado à realidade da sua comunidade;

2. Discutir o perfil, escolher, motivar e indicar candidatos com capacidade moral e intelectual para desenvolver o plano traçado;

3. Obter compromisso dos candidatos escolhidos de que, se eleitos, cumprirão integralmente o programa de governo traçado;

4. Apoiar de todas as formas possíveis a campanha dos candidatos escolhidos, evitando que eles tenham que se comprometer com grupos de interesses espúrios;

5. Se eleitos os candidatos escolhidos: acompanhar, fiscalizar e exigir o cumprimento do plano de governo estabelecido.
Um movimento dessa natureza se mostra viável de ser desenvolvido especialmente nas pequenas e médias cidades. Se resultar vitorioso, poderá servir de exemplo e se expandir para maiores esferas.

As candidaturas definidas por uma sistemática desta natureza seriam muito fortes, com grande credibilidade, vez que chanceladas por uma parcela consciente, idônea e ativa da sociedade. Você tem alternativa?

*João Batista Pontes – novarussense - geólogo – escritor – sociólogo - funcionário inativo do Senado - residente em Brasília – DF.


ECONOMIA, EXCEÇÃO BRASIL

 BRASIL É O ÚNICO EM RECESSÃO ENTRE OS PAÍSES DO BRICS.


O Brasil teve o pior desempenho entre os países do grupo Brics - que conta ainda com Rússia, Índia, China e África do Sul - no segundo trimestre deste ano, sendo o único dentre essas grandes economias emergentes em recessão técnica.

Até mesmo os russos, afetados pelas sanções impostas por Estados Unidos e Europa em função da crise na Ucrânia, conseguiram evitar dois trimestres seguidos de queda no PIB.

Índia

A trajetória de desempenho fraco pode antecipar a destituição do Brasil do posto de sétima maior economia do mundo. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Índia deve ultrapassar o País em termos de PIB em 2018.

"Mas isso considera projeções otimistas, então pode acontecer antes", disse Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho, apostando que ocorra em 2017. Hoje, a Índia figura na 10ª colocação.

O FMI projeta crescimento de 1,3% para a economia brasileira em 2014 e de 2,0% em 2015, conforme o relatório Perspectiva Econômica Global atualizada em julho. O economista, contudo, considera esses resultados irrealizáveis. Ele projeta avanço de 0,2% neste ano e de 1,0% no ano que vem. A Índia, por sua vez, deve expandir 5,4%, acelerando para 6,4% em 2015, segundo o FMI.

"O Brasil de fato mudou de rumo. Isso reflete a falta de visão de médio e longo prazo. As medidas adotadas pelo País foram míopes, no sentido de ter um crescimento puxado por muito consumo e pouco investimento", avaliou Rostagno. "O governo esqueceu-se de preparar o País para o futuro", completou o economista.

Estados Unidos.

No segundo trimestre, o crescimento da economia brasileira também ficou atrás de Estados Unidos, Alemanha e Itália (que teve recuo de 0,2% em relação a igual período de 2013), país ainda fragilizado pela crise na zona do euro e pela ausência de reformas.

No mesmo período, o PIB brasileiro registrou queda de 0,9%. "Isso mostra que o Brasil sofre mais com questões internas. Nossas exportações contribuíram positivamente", afirmou Rostagno, que levantou os dados a pedido do Estado. Segundo ele, os crescimentos da China (7,5%) e dos Estados Unidos (2,5%) no segundo trimestre em relação a igual período de 2013 reforçam que as dificuldades brasileiras são no plano doméstico. "Os Estados Unidos tiveram um primeiro trimestre ruim, mas foi por causa do clima", disse.

Ucrânia

Em outro levantamento, a Austin Rating listou o desempenho de 37 países, e o Brasil superou apenas a Ucrânia, que enfrentou queda de 4,7% no segundo trimestre em comparação a igual período do ano passado.

A Ucrânia está em conflito com a Rússia, acusada de invasão territorial e de fornecer armas e suprimentos a rebeldes separatistas.

Setor externo

O setor externo salvou o PIB brasileiro de registrar um recuo ainda mais intenso no segundo trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as exportações cresceram 2,8% em relação aos três primeiros meses do ano, enquanto as importações caíram 2,1%.

"Mas é um positivo por razões negativas. A queda nas importações se deu porque a demanda do mercado interno está se retraindo", observou José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). "Isso é determinado principalmente pela indústria, que está reduzindo compras de insumos e componentes", acrescentou Castro.

Importações

Diante do elevado endividamento e da renda crescendo menos, os consumidores acompanham o movimento de moderação nas compras, o que também ajuda a reduzir as importações.

Do lado das exportações, os embarques de soja garantiram o bom desempenho. "O setor extrativo mineral também está crescendo muito", observou Rebeca Palis, gerente de Contas nacionais do IBGE.

Para o terceiro trimestre, as exportações devem continuar crescendo, ainda que num ritmo mais tímido. A "vedete" da vez, disse Castro, será o petróleo, cujos embarques devem crescer na esteira da recuperação na produção.

*As informações são do jornal O Estado de São Paulo.


sábado, 30 de agosto de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SÁBADO, 30 DE AGOSTO DE 2014

 COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

CONVENCIONADOS DA SECA.

Nobres:
A extensa estiagem que assola o nordeste considerada a maior de todos os tempos nos mostra que o cenário é o mesmo das décadas anteriores. O governo aproveita da situação para dinamizar suas projeções e consequentemente usam da temática de "palanques eleitorais". Reuniões e viagens pelo nordeste, com o intuito - “de vê” - a situação calamitosa da região e se aproveitar da campanha eleitoral “um prato predileto” em função do desequilíbrio social e cultural, consequência desse estágio permanente ensejando a comunidade nordestina ser subserviente aliados do governo seja em qualquer época. 
O povo pertence à leitura tradicional de ser sempre governo e os políticos permanentes no poder que desembaraçam a metodologia dos interesses de organizações protetoras e partilham em desfavor do estado de miséria ocasionado pelas constantes secas na região. Em proveito disso, o governo anunciou vários pacotes, que eles ironizam: cognominando de “pacote da bondade” cujo esteio se coloca uma “inovada” ação política de infraestrutura para região, mormente objetivando combater os efeitos da seca: 
com a transposição de rios e açudes, uma retórica preanunciada anteriormente e que por décadas, volta a fazer parte do contexto que anteriormente jamais “saíram do papel”. Existem atos paliativos e direcionais em se fazer poços profundos, cisternas, entre outros velhos retoques no quadro desolador não encontrando alternativas para solucionar uma questão secular. Parece que a solução se restringe a ação dos Decretos e, a situação de "emergência" que na verdade o maior beneficiado; as classes econômicas de maior poder aquisitivo. Um fator desconcertante que rotineiramente  acontece: São as prefeituras nordestinas o maior vilão no sentido de exercitar a dispensa de licitações, vilão permanente para se locupletarem; vertentes em consideração “estapafúrdia” elo consistente “parente do mensalão” e com poderes cedidos por entes governamentais. Se “descreve” o estado desolador vivenciado pela sociedade, no aguardo da possível expectativa de um “colapso” no abastecimento d'agua em função das reservas precárias das fontes d’água que, estão se submergindo. Municípios do nordeste permanentemente sofríveis em função da quase ausência de chuvas em sucessivos anos. O que é de fácil concluir qual o problema não é climático: - é de governo. “O mapa” foi previsto por várias instituições meteorológicas.
Antônio Scarcela Jorge.


SUCESSÃO PRESIDENCIAL

 SUCESSÃO PRESIDENCIAL
MARINA ALCANÇA DILMA NO 1º TURNO.

O cenário eleitoral na disputa pelo Planalto sofreu uma reviravolta com a mudança da cabeça-de-chapa do PSB.

São Paulo. A ex-senadora Marina Silva (PSB) empatou com a presidente Dilma Rousseff (PT) nas intenções de votos para presidente da República, segundo pesquisa do Datafolha finalizada ontem. Cada uma tem 34% das intenções de voto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No segundo turno, a ex-senadora pelo Acre seria eleita presidente da República com dez pontos percentuais de vantagem em relação à rival: 50% a 40%.

Crescimento

No intervalo de duas semanas entre os dois levantamentos - o último foi em 18 de agosto-, Marina cresceu 13 pontos na pesquisa para o primeiro turno. Dilma oscilou dois pontos para baixo.

Para o segundo turno, em que antes havia empate técnico no limite máximo da margem de erro, Marina foi de 47% para 50%, enquanto Dilma recuou de 43% para 40%.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, caiu de 20% para 15% na simulação de primeiro turno. Para o segundo turno contra Dilma, ele perderia por 48% a 40%.

A pesquisa Datafolha não fez simulação de segundo turno entre Marina e Aécio.


Juntos, todos os outros candidatos à Presidência somam 3% -entre eles, o Pastor Everaldo (PSC) tem 2%. Eleitores que pretendem votar nulo ou em branco totalizam 7%. Outros 7% estão indecisos.

O instituto ouviu 2.874 eleitores em 178 municípios ontem e na quinta-feira. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Significa que, em cem levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pela Folha de S.Paulo e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-00438/2014.

Repercussão

O vice-presidente do PT, o deputado federal José Guimarães (CE) defendeu ontem, após a divulgação do resultado da pesquisa Datafolha, o fim da fase de "boa moça" e o enfrentamento político com a candidata do PSB à Presidência.

Ressalvando que se trata de uma "opinião pessoal", Guimarães afirmou que a campanha precisa fazer o confronto de projetos de País com Marina Silva.

 O deputado disse que Dilma continua estabilizada e que Marina está "tomando o lugar de Aécio". "Vamos comparar os legados e mostrar o que pensamos para o País", afirmou. "Temos todas as condições de vencer o pleito no segundo turno", disse.

Fonte: Datafolha.

ANTEVISÃO DE CRISE ECONÔMICA - DESCULPAS EVASIVAS DO GOVERNO

 COPA E CRISE NA INDÚSTRIA PUXARAM A QUEDA DO PIB, DIZEM ESPECIALISTAS.

Dado do 1º tri foi revisado para recuo de 0,2%, configurando recessão técnica.
Apesar disso, economistas acreditam em crescimento no 2º semestre.

As quedas consecutivas na produção industrial e a Copa do Mundo são as causas apontadas pelos especialistas ouvidos pelo G1 para a redução de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do 2º trimestre, com relação aos três meses anteriores. Com a revisão feita no resultado do 1º trimestre, esta é a segunda queda consecutiva neste ano e, apesar de configurar um quadro de recessão técnica, os economistas minimizam a situação e apontam para um crescimento sutil no segundo semestre.

Na contramão, o professor de economia da Universidade de São Paulo (USP) Simão Silber acredita que o país está sim em recessão, e que um evento esportivo não pode ser apontado como causa para três meses de desaceleração na economia.  A taxa de investimento teve um resultado preocupante, na visão dos especialistas: 16,5% do PIB, quando o ideal para um país como o Brasil é 20%.

Os dados da economia brasileira foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro e serve para medir o crescimento da economia.

Dos três setores analisados pelo IBGE para o cálculo do PIB, apenas um mostrou variação positiva, o de agropecuária, que teve ligeira alta, de 0,2% no segundo trimestre ante o trimestre anterior. O setor de serviços teve queda de 0,5%, e a indústria registrou queda de 1,5% no período.

Veja o que dizem especialistas sobre o resultado do 2º trimestre:

Carlos Stempniewski, professor de economia e política das Faculdades Rio Branco “A queda do PIB no segundo trimestre reflete bem a questão da Copa. A economia já não vinha em um bom momento desde outubro que a indústria está tecnicamente em recessão, mas a Copa piorou o resultado. Tivemos um período em que o país praticamente parou, e os setores envolvidos no evento não lucraram o esperado. Falar em recessão técnica é um pouco de palavrório. Historicamente, o período eleitoral levanta o crescimento da economia, porque movimenta muito dinheiro. É sempre um reforço positivo no quadro. Se não tivesse a eleição, os resultados do segundo semestre poderiam ser piores. Acredito que haverá um crescimento tênue para os próximos trimestres, e o governo deve dar uma 'maquiada' nos dados, para terminar o ano com o PIB entre 0,45% e 0,60%.”

Claudemir Galvani, professor do departamento de economia da PUC-SP.

“Na minha avaliação, o fator que teve o pior desempenho foi a taxa de investimento, que reflete especificamente no setor onde o efeito multiplicador na economia é muito grande: a indústria. Neste trimestre ela ficou em 16,5% do PIB, quando o aceitável para um país como o Brasil é 20%. Também foi muito baixa com relação ao primeiro trimestre, o que é coerente com a redução da indústria. O grande perigo desse quadro é a desindustrialização, o que está sendo mostrado pelo número negativo do PIB industrial deste o começo deste ano. Mas há um ponto positivo: continuamos recebendo investimento estrangeiro, que não olha a curto prazo, e que está enxergando condições no mercado brasileiro. Apesar do indicador técnico de recessão, a tendência é de crescimento no segundo semestre, quando haverá menos feriados”.

Simão Silber, professor do departamento de economia da Universidade de São Paulo (USP)

"Com a queda do PIB, considero que estamos sim em recessão. Há parâmetros internacionais que consideram dois trimestres de queda no PIB como recessão. Além disso, o país vem de uma desaceleração muito grande. O desempenho da economia está desmanchando. A indústria está desmoronando. Os dados divulgados hoje cobrem até junho, e temos dados para julho que mostram que a situação continua ruim. Como o segundo semestre tende a ser um pouquinho melhor que o primeiro, estamos caminhando para um crescimento próximo a zero neste ano. Para mim não seria surpresa uma estagnação econômica em 2014. Não acredito que a Copa teve muita influência, pois explicar três meses de desaceleração da economia por causa de um evento esportivo é forçado. Quando se erra na política de juros, de câmbio e fiscal, não adianta culpar o mundo [dos problemas da economia], que não está nesta situação."
    
Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

"O segundo trimestre de 2014 para a indústria é um fracasso devido à redução das vendas da indústria automobilística, que está caindo 30%, a redução do aço, e do setor elétrico eletrônico. E as últimas notícias dão certo a redução também do consumo tanto no varejo quanto no atacado. E isso, na indústria, significa não reposição de estoques, então, significa não produção de novos produtos para colocar no mercado”.
Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em nota

“Ao nível baixo de confiança [na economia], soma-se atualmente o encarecimento dos recursos para consumo e investimentos obtidos no mercado de crédito. As taxas de juros cobradas nas operações com recursos livres [sem contar crédito habitacional e rural] para as pessoas físicas passaram de 36,2% para 43,2% nos últimos 12 meses. No crédito para pessoas jurídicas, houve avanço de 20% para 23,1%.”

Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em nota


“Infelizmente, acreditamos que não há perspectiva de reversão desse quadro recessivo do setor num horizonte de curto prazo. Que o ano em curso será um desastre para a nossa economia, já sabemos. Queremos ter visão sobre urgência de medidas capazes de, a partir do próximo ano, alterar este cenário de queda.”

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, em nota

"A retração do PIB neste 2º semestre é resultado da política econômica equivocada adotada pelo governo. Este dado é nefasto para as campanhas salariais das categorias com datas-base no segundo semestre, pois irá dificultar e prejudicar as negociações e os índices de reajustes. Esta é a segunda vez consecutiva que o PIB encolheu, e, com isto, fica clara a incompetência da equipe econômica do governo. (...) O Brasil não vai alavancar economicamente sendo campeão mundial em taxa de juros e praticando uma nefasta política de incentivo às importações e à desindustrialização. Os números apresentados devem servir de alerta para o governo, visto que nossa economia está em franca recessão."

Fonte: G1.