COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
“ABERRAÇÃO EM VERBALIZAR”.
Nobres:
O
nosso comentário eleva a plurais temáticas em que hoje o contexto normativo tornou
pertinente que “acunhamos” a ânsia “dos tempos modernos” para expor as razões
desse emaranhado contraditório (tudo tende a piorar), nesta acepção, suscita intensa
preocupação dos professores em seguir interiores do nosso vernáculo. Cientistas
do vernáculo literário e gramatical conseguem mudar o imutável. Em nome da modernidade tentando “replantar” as
raízes mais “encaracoladas” (sentido comum da palavra) para sentimentalizar
mudanças que ao longo das décadas evidenciou o retrocesso por força da
mercantilização em detrimento o vocacional do ensino. No modismo introduziram o
“feminino” em espécie para “moldurar” simplesmente o figurativo da mulher,
incabível neste questionamento. Queremos nos antecipar que para o nosso
conceito o ser humano é dimensionado muito acima da criatura “homem- mulher” –
é por igualdade impar – somos guardeados ao tamanho daquilo que se separa a
função sexual, “onde sexo não pode se misturar”! - Dentre essas alusões vem a
lume a essência do vernáculo que hoje tenta se transformar e estigmatizar
funções descabidas que inseriram na nossa linguagem; - vejamos: - Depois da
ascensão dos “companheiros e companheiras” até o “vernáculo” tentou acrescentar
formas “indescritíveis” e de fácil imaginação que eles “imaginam” como sendo de
linguagem inclusiva. Sua utilização
massiva teria se originado de reivindicação de movimento de categoria de “trabalhares”,
mui especialmente no sentido de integrar as mulheres dentre do contexto. No
entender desse segmento a gramática nacional torna as mulheres
“invisíveis”. Entendem que a denominação genérica “todos” consolida e
mantém uma supremacia masculina do cotidiano político, social e familiar. Essa
expressão é apenas mais uma apropriação linguística entre centenas que surfam
na onda do politicamente correto, uma praga que multiplicou seus fiéis. E que
acreditam que a linguagem pode mudar a realidade. Ora, ora, no máximo,
conseguem influenciar a linguagem, mas não mudam a realidade. Consulte qualquer professor de português certamente
obterá a resposta: são meras expressões redundantes. O português é uma língua
que não tem o gênero neutro. De modo que o gênero masculino (todos!) ocupa esse
papel. E isso não tem nada a ver com machismo e exclusão social. Pretendem-se
de fato valorizar as mulheres devem encontrar outras soluções. Na vida real,
não no campo da retórica. Aliás, é até um desrespeito tratar as pessoas assim,
subestimando sua inteligência e sua percepção da realidade. E, sem dúvida, um
desrespeito à gramática. Essa onda do politicamente correto criou algumas
preciosidades patéticas. Um exemplo é o tratamento verbal dispensado aos
idosos. Velhice passou a ser chamada de “terceira idade”. Ou como dizem
alguns mais exagerados e abusados: “melhor idade”. Até parece que nunca
conversaram com idosos sobre os inúmeros problemas e transtornos que decorrem
da chegada ou do avanço da idade. São eufemismos ofensivos à realidade
que as pessoas enfrentam na vida cotidiana. Não vai demorar muito e veremos
campanhas para “abolir” expressões e/ou “domar” palavras tidas como perniciosas
(sic) ao convívio social. Como se a língua fosse um “animal domesticável”. Uma
coisa são campanhas de esclarecimento e conscientização educacional e política,
ou políticas públicas antidiscriminatórias e de transformação social. Outra
coisa é manipular palavras. “Todos e todas” é apenas mais uma das dezenas (ou
serão centenas?) de bobagens com que o populismo e a demagogia nos brindam de
tempos em tempos. E continuarão brindando. Ou já esqueceram aquela ação de um
procurador do Ministério Público Federal que tentou tirar de circulação o
dicionário Houaiss, ou, a edição de lei que manda nominar bacharel mulher de
bacharela e, ou, a recente perseguição judicial às obras de Monteiro Lobato? Tem
efeito generalizado – ora, ora, - tudo que é moderno existe nas nossas pequenas
comunidades do interior segmento mais espertos aprende como corromper-se e logo
se “doutoram” em corrupção que faz parte do “abecedário brasileiro” entre
outros desleixes que se tornam comuns. No entanto, é comum acompanhar essa
“modernidade pouco racional” em acrescentar o “feminismo” como forma
“simpática” em discorrer a saudação: - COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS; - Bom dia a todos e a todas, entre outras anomalias da “demagogia”
latente em nosso meio. – Já pensou; se algum alienado tentar mudar a nominação
da OAB - para “Ordem dos Advogados e das Advogadas
do Brasil”? - E para Associação dos médicos
e das médicas do Brasil! Padrões que constituiria estilo que denoda
a língua vernácula: - Citamos um modelo corriqueiro orado por parlamentares em
sua maioria; usar dessa retórica em seus
discursos. Sem observar a nossa linguagem, tudo pode desde que agrade “engane”
a população se torna “regrada bíblica” deste segmento não pode fugir. Nem mesmo
em “nome do chamado e decantado modernismo que tanto apreciam”. Para acompanhar
a modernidade não se faz necessário impor questões de natureza política
fundamentando o atalho de conhecimentos conexos junto à sociedade.
Antônio
Scarcela Jorge.
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