Médico deixou o programa mais médicos, do governo
federal.
A 'fuga' do médico cubano Ortelio
Jaime Guerra, que atuava pelo programa Mais Médicos, do governo feral, em Pariquera-Açu, no interior de São Paulo, gerou dificuldades para a Secretaria de
Saúde do município. Sem Ortelio, cerca de três mil pessoas da cidade do Vale do
Ribeira estão sem atendimento médico.
O diretor de Saúde de
Pariquera-Açu, Willian Rodrigo de Souza, confirma que com a saída do médico
cubano, que viajou sem autorização para os Estados Unidos, o município
solicitou a reposição do profissional. “Ficamos sabendo através dos outros dois
profissionais que vieram junto com ele, que também são cubanos. Ele saiu na
madrugada do dia 26 de janeiro. Logo em seguida, nós comunicamos o Ministério
da Saúde e informamos que ele tinha abandonado o município. Sendo assim, nós
pedimos que um novo médico fosse destinado para a cidade. Sabemos que chegou
mais um médico cubano ao Brasil e estamos aguardando”, diz. - De acordo com
Willian, o motivo da ‘fuga’ de Ortelio ainda é desconhecido. “Os próprios
colegas que moravam com ele, em uma residência alocada pelo município, não
sabem o que aconteceu. Temos poucas informações sobre a saída dele. Ele não
falou nada para ninguém, nem para os outros médicos”, comenta.
O médico cubano trabalhava na
Unidade Básica de Saúde do bairro Peri e, também, atendia aos moradores do
bairro Vila Nova. “Todo mundo falava da competência dele, pois a medicina
cubana é mais humanizada mesmo. Eu o conheci durante o pouco mais de um mês que
ele ficou aqui, mas passamos o Natal, o Ano Novo e o aniversário dele juntos.
Era uma pessoa amável, um homem educado e um excelente profissional. Mas acho
que ele tinha o sonho de ir embora mesmo”, destaca Érika Sumooyama, funcionária
pública, que ajudou no processo de adaptação dos profissionais cubanos ao país.
Se por um lado Ortelio não está
mais prestando serviço para a população de Pariquera-Açu, os outros dois
médicos cubanos seguem em suas funções. "Os outros médicos continuam
trabalhando normalmente. Eles seguem atendendo ao público", completa o
diretor de Saúde.
O CASO.
O médico cubano Ortelio Jaime
Guerra abandonou a cidade na última semana. O cubano utilizou uma rede social
para explicar o motivo da sua 'fuga' para os Estados Unidos. Em mensagem
publicada no Facebook, Guerra explica que abandonou a cidade sem avisar ninguém
por questões de segurança. “Já estou nos Estados Unidos. Agradeço aos amigos de
Pariquera-Açu pela bondade e amor. Prometo que um dia vou voltar para ver
vocês. Vocês sempre estarão no meu coração”, disse o médico, que agradeceu
várias pessoas que trabalharam com ele no município do Vale do Ribeira.
Conforme portaria publicada no Diário Oficial da União, o médico cubano Ortelio Jaime Guerra recebeu o registro para trabalhar no Brasil no dia 12 de dezembro do ano passado. O G1questionou o Ministério da Saúde sobre a causa da saída dele do programa Mais Médicos, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Conforme portaria publicada no Diário Oficial da União, o médico cubano Ortelio Jaime Guerra recebeu o registro para trabalhar no Brasil no dia 12 de dezembro do ano passado. O G1questionou o Ministério da Saúde sobre a causa da saída dele do programa Mais Médicos, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
OUTRO CASO.
A médica cubana Ramona Matos
Rodriguez buscou abrigo, na última terça-feira (4), no gabinete da liderança do
DEM na Câmara dos Deputados. Ela abandonou o programa Mais Médicos, do governo
federal, e afirmou que pedirá asilo ao governo brasileiro.
Ramona conta que fugiu no sábado
(1) de Pacajá, no Pará, onde atuava em um posto de saúde, depois de descobrir
que outros médicos estrangeiros contratados para trabalhar no Brasil ganhavam
R$ 10 mil por mês, enquanto os cubanos recebem, segundo ela, US$ 400 (cerca de
R$ 965).
Fonte: Agência Brasil.
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