COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
EM PRIMEIRA ATENÇÃO.
Nobres:
Deve-se requer atenção em relação
à Copa de junho e das eleições de outubro, o País tem pelo menos quatro meses
para enfrentar os problemas que ameaçam a normalidade institucional e os
compromissos assumidos com a comunidade internacional. Incluir-se, por urgência
a questão da violência nas manifestações públicas, que está provocando medo e
indignação internamente e prejudicando a imagem do país no Exterior. Entre as
várias pressões sociais e corporativas com potencial para perturbar a ordem
pública, Entre outras, uma merece atenção prioritária dos governantes e das
lideranças políticas, trata-se do desconforto com os gastos públicos
relacionados à Copa do Mundo. É uma causa inegavelmente justa. Da mesma
maneira, os cidadãos têm o direito de cobrar informações precisas sobre os
gastos com a organização da Copa, especialmente sobre o uso de dinheiro
público. Somados, o atendimento de algumas demandas torna-se inadiável. Segundo
o que foi publicado, a presidente Dilma Rousseff já convocou uma reunião com os
12 governadores de Estados que receberão jogos da Copa, para planejar um
gigantesco esquema de segurança focado em eventuais protestos. O plano
estratégico envolve convênios com os governos estaduais para uma atuação
conjunta das forças locais com a Polícia Federal, as Forças Armadas e a Agência
Brasileira de Inteligência. É oportuno, pois, apesar da rejeição cada vez maior
da população aos chamados Black Blocs e a outros grupos extremistas, um evento
da dimensão do campeonato mundial de futebol tende a atrair até mesmo
terroristas internacionais. Mas os governos não podem achar que tudo se resolve
com policiamento e vigilância armada. Antes, nestes meses que precedem os dois
eventos, é essencial que as carências reais da população comecem a ser
resolvidas, entre as quais sistemas de transporte mais civilizados, como forma
especial das capitais e outros centros habitacionais pela mássica concentração
urbana que necessitam basicamente desse serviço para se locomover. Outra
questão indispensável será o combate diário e permanentemente à violência
urbana e uma campanha de divulgação transparente dos gastos que estão sendo
feitos na construção e reforma de estádios, e nos seus entornos. Só há um jeito
de atenuar a insatisfação popular com maus serviços públicos: melhorá-los. E só
há uma maneira de desfazer o desconforto dos brasileiros com a gastança:
justificá-la com absoluta transparência. A agenda prioritária deveria começar
por aí. Estas ações poderão ser de essencial evidência para que seja
consolidado o evento e quiçá; a necessidade do povo brasileiro em todos os
elementos de ação governamental.
Antônio Scarcela Jorge.
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