COLUNA – IDÉIAS/OPINIÃO.
20.02.2014
Árdua
tarefa
As indicações de ocupantes do
privilegiado escalão governamental vêm-se processando, de maneira paulatina, em
que pese os evidentes esforços da presidente Dilma, no sentido de congregar as
agremiações, ao derredor do Planalto, numa sólida composição de forças
meticulosamente articulada. Se alguns já subiram ao pódio, muitos ainda
aguardam o acesso que não lhes chegou, apesar de serem renovados os pedidos
oriundos da 'base aliada'. No momento ora vivido, os três inicialmente
empossados, referenciados em artigo anterior, integram as hostes petistas e
foram ungidos pela chancela de Lula da Silva e do atual dirigente da sigla, Rui
Falcão. Quanto ao PMDB, o trio constituído por Michel Temer, Valdir Raupp e
Renan Calheiros compartilha as seguidas listas de nomes, tendo como palco os
amplos salões do Palácio Jaburu, território sede de conciliábulos
intermináveis. Até diante de recusas a primeira mandatária defrontou-se em suas
engenhosas manobras decisórias, com o objetivo de patronear novas e
indispensáveis rodadas, ocasionando desgastes dos partidos de maior
ponderabilidade. Assim sendo, somente quando março vier, o espinhoso encargo
estará concluído, restando a campanha prestes a ser deflagrada, em sintonia com
os Executivos Estaduais e os palanques virtualmente acertados para o desenrolar
da batalha que se avizinha. Procurando não nos aborrecer tanto com a infindável
postulação, há os que atribuem à chefe do País o reprisamento da máxima,
segundo a qual, "Quem corre cansa, quem anda alcança!" É indiscutível,
no entanto, a chegada da hora de colocar a equipe definida em campo para o jogo
sucessório.
Mauro Benevides
Deputado federal pelo PMDB-CE.
***
Ligações
perigosas
Estamos todos assustados, tomados
de enorme perplexidade e medo, diante do atrevimento e da provocação do crime
organizado ao Governo do Estado, notadamente a Sejuci - Secretaria de Justiça e
Cidadania. Após a morte de dois internos no interior de duas instituições
carcerárias, dois ônibus foram incendiados e o pior; o acesso á sede da Sejuci
tombou vítima de tiros, supostamente orquestrado de dentro dessas casas. Por
que isso se torna possível? Simples. Os presos mantêm comunicação com o mundo
externo mediante ligações telefônicas, que não são permitidas, não obstante o
Estado não conseguir evitá-las de há muito. Por que será que o Executivo não
consegue cumprir as determinações judiciais de pôr bloqueadores de celulares?
Como esses aparelhos adentram aos presídios? Quem não ver ou não quer enxergar
essas entradas? Haveria conivência de alguém? Quem? Decerto, na resposta à
estas perguntas, temos o desfecho do inquérito. Creio que ao órgão responsável
pela administração dos nossos presídios cabe as respostas. É de esperar, que de
agora em diante, tendo sido dado o alerta a Sejuci, profundas e radicais
medidas deverão ser tomadas, visando cortar o fio condutor destas ligações
perigosas. Do contrário, mais vidas serão ceifadas, mais ônibus incendiados, e
o comando dos nossos presídios corre o sério e catastrófico risco de passar de
uma vez por todas para os intramuros prisionais. Se é que já não está! De uma
coisa estejamos certos: ou o Estado dialoga com os presos, ou os presos
continuarão a comunicar-se com a sociedade. A linguagem de cada um é de todos
conhecida!
Odailson da Silva
Psicanalista e Escritor.
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