MPT CONVOCA CUBANA PARA DEPOR.
A médica cubana Ramona Rodriguez falará nesta segunda-feira no Ministério Público do Trabalho (MPT), sobre o trabalho que vinha excutando no Programa Mais Médicos. O depoimento fará parte do inquérito aberto em agosto de 2013 pelo MPT para investigar a legalidade da relação de trabalho entre os médicos do programa e o governo. Em nota, o MPT informa que, ao final do inquérito, exigirá para os profissionais cubanos tratamento isonômico aos dos demais médicos contratados pelo programa.
A
previsão é que, até o fim deste mês, o Ministério Público do Trabalho conclua o
inquérito e apresente um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para que o governo
“corrija as ilegalidades” do programa. Durante a investigação, o MPT fez
visitas às unidades do programa e analisou contratos dos profissionais. Caso o
governo não aceite o termo, o MPT vai buscar na Justiça o cumprimento da lei.
De acordo
com a assessoria de imprensa do MPT, a expectativa é que com o depoimento da
médica cubana, o MPT possa ter acesso aos termos do contrato entre a
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o governo cubano, documento que não
foi apresentado pelo Ministério da Saúde.
Em
novembro de 2013, em relatório parcial do inquérito, o procurador Sebastião
Caixeta adiantou que há fortes indícios de que o formato do Mais Médicos tem
irregularidades. Na época, o relator do inquérito disse que há, no mínimo,
“desvirtuamento de uma autêntica relação de trabalho”. A investigação também
abrange a relação de trabalho entre os médicos inscritos individualmente e o
governo, já que eles são pagos com bolsas, sem relação trabalhista.
Desde o
lançamento do programa, em julho do ano passado, a relação entre os médicos e o
Ministério da Saúde tem gerado duras críticas das entidades representativas da
categoria. Os profissionais do programa inscritos individualmente recebem
bolsa-formação no valor de R$ 10 mil para trabalhar na atenção básica de
regiões carentes que não conseguem atrair médicos. Eles não têm vínculo
empregatício com o Ministério da Saúde, pois, segundo a pasta, participam de
uma especialização na atenção básica nos moldes de uma residência médica.
Já os médicos cubanos, que são 5.378 mil dos 6.600 profissionais do programa, chegam ao Brasil por meio de um acordo entre os governos dos dois países, intermediado pela Opas. O governo brasileiro faz o pagamento à Opas e a organização repassa para Cuba, que fica com parte da verba.
Ramona alega que desistiu de participar do programa porque percebeu que seus ganhos eram inferiores aos dos médicos que se inscreveram individualmente. Os cubanos estão recebendo US$ 400 por mês, (pouco mais de R$ 900). De acordo com Ramona, ela soube que outros médicos receberiam R$ 10 mil somente quando chegou ao Brasil. O Ministério da Saúde manifesta segurança com a legalidade do programa.
Já os médicos cubanos, que são 5.378 mil dos 6.600 profissionais do programa, chegam ao Brasil por meio de um acordo entre os governos dos dois países, intermediado pela Opas. O governo brasileiro faz o pagamento à Opas e a organização repassa para Cuba, que fica com parte da verba.
Ramona alega que desistiu de participar do programa porque percebeu que seus ganhos eram inferiores aos dos médicos que se inscreveram individualmente. Os cubanos estão recebendo US$ 400 por mês, (pouco mais de R$ 900). De acordo com Ramona, ela soube que outros médicos receberiam R$ 10 mil somente quando chegou ao Brasil. O Ministério da Saúde manifesta segurança com a legalidade do programa.
Desde que
pediu asilo político, na semana passada, ela está hospedada no apartamento do
deputado federal, Abelardo Lupion, que a acolheu juntamente com o líder do DEM
na Câmara, Ronaldo Caiado.
Fonte: Agência Brasil.
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