Brasília Em uma
sessão cheia, o plenário da Câmara dos Deputados cassou o mandato parlamentar
de Natan Donadon (sem partido). Por 467 a favor, nenhum voto contra e apenas
uma abstenção (do peemedebista Asdrubal Bentes, do Pará, já condenado em
processo de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Donadon perdeu o mandato
por quebra de decoro parlamentar em votação aberta).

Aos jornalistas, Donadon alegou
que estava sendo injustiçado, que foi transformado em bode expiatório e que não
poderia ser julgado mais uma vez pelos seus pares. Ele deixou o plenário antes
do término da votação.
Na tribuna, Saliba criticou o
voto aberto. Segundo o advogado, o fim do voto secreto faz com que os deputados
se sintam "compelidos" a defender a cassação do colega.
"Os deputados estão votando
com uma espada de Damocles apontada na cabeça porque aquele painel refletirá o
resultado que se propagará na mídia no mês de fevereiro, em um ano eleitoral. O
voto aberto traz, indiscutivelmente, um risco a uma das conquistas da
democracia", afirmou.
Antes, o relator do processo de
cassação, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), destacou que o voto aberto dá
maior "transparência" à deliberação dos parlamentares e afirmou que a
decisão anterior da Câmara de não ter cassado Donadon "envergonhou a
Casa".
Durante a sessão, os líderes
partidários se revezaram na tribuna defendendo a perda de mandato e alegando
constrangimento da Casa em manter um "deputado presidiário" entre
seus quadros.
Ontem, as bancadas foram
orientadas a votar pela cassação. Em agosto passado, ele conseguiu se livrar da
cassação ao fazer um discurso que comoveu seus colegas. Na ocasião, a votação
foi secreta.

Fonte: Agência Brasil.
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