sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

DISCORRER O PRETÉRITO - NOVA-RUSSAS EVIDENCIA A HISTÓRIA

 COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

HISTÓRIA, FATOS E EMOÇÕES.

‘CARNEIRO & VERAS – UMA EMPRESA QUE EVIDENCIOU A HISTÓRIA DE NOVA-RUSSAS’.

Por sugestão do meu estimado irmão Paulo Maria Scarcela, para consequentemente atender o seu pleito, embora aconteça o relato somente pelo testemunho que dou, por pequenos detalhes do que sei, para sintetizar a “história” das usinas de beneficiamento de extrato natural de algodão, mamona e oiticica, que foram motivos da implantação em Nova-Russas. No final da década de 40 Nova-Russas ganhou grande impulso social e econômico com a fundação das pequenas indústrias de beneficiamento das culturas de algodão e do extrato da mamona e oiticica plantas naturais em nossa região que serviram de fontes principais para exportação onde o acesso natural de escoamento e importação se tinha passagem exclusiva pelo litoral ramificou-se em algumas cidades interioranas umas das quais dimanaram a “aportar” em nossa cidade de Nova-Russas, onde existia o transporte ferroviário, elo de escoamento para o porto de Camocim e de lá “demandavam-se” para os maiores centros do país e exterior. Dentre as concorrentes instalou-se aqui em Nova-Russas no inicio dos anos 40 a usina Carneiro & Veras, empresa de beneficiamento dos produtos nominados, cujo maquinário era de estrutura a vapor e bem montada em frente a Praça da Estação Ferroviária de Nova-Russas, onde era gerado de forma real a ocupação informal de emprego e renda.  A usina durante todo ano comercializava seus produtos que eram originada das fontes dos nossos vizinhos municípios, entre os quais de Monsenhor Tabosa principal celeiro produtivo da mamona do Estado. Além, de manter um intercambio comercial e deveras social, porém, bastante dificultoso em função das estradas “nominadas” de primarismo caminho; - a empresa Carneiro & Veras mantinha uma linha informal (Nova-Russas/Monsenhor Tabosa) o percurso pouco mais de sesenta quilômetros  – “dez léguas era chamado na época”  - e somente aos sábados, em função natural dos “pregos” ocasionado pelas “estradas” – quando se inteirava o percurso por volta de oito horas -. O misto forroquet, um veículo de cargas e passageiros (movido a gasolina cujo preço do litro do combustível era igualitário o da Venezuela – ‘belos tempos’! – e, quando ocasionalmente,  a força bruta do homem – (sentido pejorativo) - não tinha “ignição” e, para dar partida no veículo, colocava-se uma manivela que era impulsionada pelo ajudante de caminhão, onde dava partida em busca da labiríntica viagem e que nós clamava de deliciosa viagem rumo “a serra das matas”. O Caminhão era dirigido pelo senhor Manoelzinho do Carneiro Veras, (que para sempre se identifica por seu nome) funcionário da empresa que ainda reside nesta cidade à Rua Ribamar Mendes. Faço encerrar a minha modestíssima eloqüência, rememorando o tempo em que fiu criança, junto com os meus pais e irmãos viajamos várias vezes para Monsenhor Tabosa para visitar meus outros irmãos (em torno de sete) que habitam ali. O setor industrial primário serviu para iniciar um processo de desenvolvimento econômico e consequentemente deu fortalecimento a história de nossa terra, tendo elementos para resgatar a cultura de nossa terra, momentaneamente alheia aos destinos de nosso povo. - velhos tempos – eternos dias!
Antônio Scarcela Jorge.





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