Na
delação, senador faz acusações contra Dilma e ex-presidente Lula.
Dilma convocou reunião com ministros mais próximos no início da tarde.

Ex-líder do governo Dilma Rousseff, Delcídio
deixou a prisão em 19 de fevereiro, por ordem do Supremo
Tribunal Federal (STF), após ter ficado 87 dias na cadeia acusado de
tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Segundo a publicação, ele disse que Lula tinha
conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras e que Dilma agiu para
interferir na Lava Jato.
Após a divulgação da notícia de que Delcídio havia
dado depoimento na delação premiada, Dilma chamou
uma reunião com os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da
Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, dois dos mais próximos da
presidente.
“Dilma recebeu a delação com a mesma indignação que eu
ou até, talvez, mais, porque envolve diretamente o nome dela”, declarou Wagner
depois de participar do encontro com a presidente.

“Não me parece razoável que as coisas aconteçam dessa
forma. Assim, não vamos levar a um bom termo o país”, disse.
Perguntado se entendia que Delcídio havia agido por
“vingança” ou “retaliação”, como havia afirmado
Cardozo mais cedo, Wagner não quis opinar.
“Eu não sei. Prefiro não adjetivar. Prefiro ser
objetivo, fático. Esse fato é intolerável numa República e num estado de
direito”, prosseguiu o ministro.

Assinado,
mas não homologado.
A TV Globo confirmou que o acordo de delação foi
assinado, mas que ainda não está homologado porque um dos pontos foi objeto de
questionamento e ainda está sendo ajustado.
O advogado de Delcídio, Antonio Figueiredo Basto,
disse que não fará comentários sobre a delação premiada de seu cliente, embora
a revista tenha divulgado trechos das revelações feitas pelo parlamentar à PGR.
Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator da
Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), decidir se vai homologar
o acordo ou não.
Se não for homologado, o acordo perde a validade. A
homologação é a validação de que se trata de um acordo que cumpriu todas as
normas previstas em lei.

Nenhum comentário:
Postar um comentário