Acusação também atinge o lobista Zwi Skornicki, apontado como operador de propina da Odebrecht no exterior; todos foram alvo da Operação Acarajé, 23ª etapa da Lava Jato.
A Procuradoria da República denunciou nesta segunda-feira (28) o publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2006). Sua mulher e sócia Mônica Moura também foi denunciada pelos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato. Além disso, a acusação atinge ainda o lobista Zwi Skornicki, apontado como operador de propina da Odebrecht no exterior.
Alvo da Operação Acarajé, 23ª etapa da Lava Jato,
os três são acusados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
participação em organização criminosa.
Todos foram
presos em fevereiro por ordem do juiz federal Sérgio Moro. O casal é acusado de
receber US$ 7,5 milhões, entre 2012 e 2014, do esquema de corrupção descoberto
pela Lava Jato na Petrobras. O dinheiro teria sido depositado em conta secreta
que Santana e a mulher mantinham na Suíça, em nome da offshore Shell Bill
Finance.
Na última semana, a Polícia Federal indiciou
criminalmente Santana, Mônica e Skornicki. A mulher do marqueteiro do PT
decidiu fazer delação premiada. Os termos da colaboração estão sendo definidos
entre os procuradores e a força-tarefa da Lava Jato.
Nesta segunda-feira (28), o juiz federal Sérgio Moro
enviou os autos do Acarajé e também da Operação Xepa, 26ª etapa da Lava Jato para
o Supremo Tribunal Federal (STF), devido a apreensão da superplanilha da
Odebrecht.
No documento constam nomes de aproximadamente 300 políticos
supostamente recebedores de valores da empreiteira.
Fonte: G1 – DF.
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