PMDB ENTREGARÁ 7
PASTAS E 600 CARGOS NO ROMPIMENTO COM DILMA.
O
vice-presidente, Michel Temer (E), e o presidente do Senado, Renan Calheiros:
em conversa, Temer deixou claro a Lula que partido trabalhará pelo impeachment.


Na conversa que teve em São Paulo no domingo (27), o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou em vão dissuadir o presidente do
partido de comandar um afastamento do partido em relação ao governo.
Na ocasião, o vice deixou claro que o partido
trabalhará pelo impeachment de Dilma.
Na eleição de 2002, o PMDB seguiu rachado na eleição
de Lula, naquela disputa, o partido participou com a ex-deputada Rita Camata
(ES) como vice do então candidato tucano, José Serra.
Em seguida, aproximaram-se aos poucos da gestão do
petista, ganhando ministérios, compuseram a chapa à reeleição de Lula em 2006
e, nas eleições de 2010 e 2014, Temer foi vice na chapa de Dilma. Atualmente,
só perde para o PT em participação no governo.
Ontem, logo após uma reunião em que o vice e o
presidente do Senado e um dos principais aliados da petista no Congresso, Renan
Calheiros (PMDB-AL), fecharam um acordo do desembarque do partido, um aliado de
Temer, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, antecipou-se à decisão da
convenção e pediu exoneração do cargo.

Nos bastidores, Castro e Braga são os que mais
resistiam a entregar os cargos. Kátia Abreu, por sua vez, poderia até deixar a
legenda.

Para não ser acusado da pecha de que patrocina uma
eventual derrubada de Dilma, Temer não comparecerá ao ato partidário que será
realizado em uma das comissões da Câmara, previsto para começar as 15 horas.
Deverá caber ao 1º vice-presidente do partido, o
senador Romero Jucá (PMDB-RR), a condução dos trabalhos.
O desembarque oficial do maior partido do Congresso da
Esplanada dos Ministérios poderá levar à saída de outras legendas da base
aliada de Dilma.
Partidos de centro do espectro político têm sido
instados a abandonar a petista e a liberar as bancadas a votarem como quiser em
relação ao impeachment da presidente, mesmo tendo participação no governo: o PP
(com o Ministério da Integração Nacional), o PR (com os Transportes) e o PSD
(com as Cidades).
Esse grupo deve reforçar a articulação dos principais
partidos de oposição em favor da queda de Dilma, uma vez que eles abandonaram
uma saída para a crise política pela cassação da chapa Dilma e Temer pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a consequente novas eleições, se
ocorresse ainda este ano.
A demora pela via do TSE, que não tem prazo para
apreciar as ações da campanha da presidente, pesou contra.
Diante do fortalecimento de Temer, que tende a
aglutinar o PMDB e atrair partidos hoje na base de Dilma, o Palácio do Planalto
decidiu lançar mão de duas estratégias principais para impedir que haja pelo
menos 342 votos de deputados federais no plenário a favor da abertura do
processo.
A primeira é atuar no varejo dos partidos - e não em
suas direções - a fim de cabalar apoios. A outra é colar a imagem de que o vice
conspira com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e réu na Operação
Lava Jato, para derrubá-la.
Fonte: Reuters.
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