COMISSÃO DO IMPEACHMENT ELEGE ALIADO DE CUNHA COMO RELATOR.
Jovahir
Arantes (PTB) foi eleito com 62 votos a favor, após acordo entre líderes.
Comissão também elegeu Rogério Rosso (PSD) para presidir o colegiado.
A comissão especial que analisa o processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados
elegeu, na noite desta quinta-feira (17), o deputado Jovahir Arantes (PTB-GO),
aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relator do colegiado.
Para presidir a comissão, foi eleito Rogério Rosso (PSD-DF).
A definição ocorreu após o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), anunciar acordo entre líderes da base aliada para definir os nomes. A chapa foi aprovada por 62 votos a favor e 3 abstenções.
As três abstenções foram por parte dos representantes
do PSOL, Rede e PTN sob o argumento
de que eles não foram consultados sobre a indicação dos nomes.
Mais cedo nesta quinta, o plenário da Câmara elegeu, em
votação aberta, os 65
integrantes da comissão especial que primeiro analisará o pedido de impeachment
da presidente Dilma Rousseff.
A comissão foi eleita por 433 votos a favor e apenas 1
contrário, do deputado José Airton Cirilo (PT-CE). A assessoria de imprensa de
Cirilo disse que ele votou contra por não ser favorável processo de
impeachment.
Além de Rosso e Arantes, foram definidos os seguintes
nomes para os cargos de comando do colegiado: Carlos
Sampaio (PSDB-SP) como
primeiro-vice-presidente; Mauricio Quintella Lessa (PR-AL) como segundo-vice; e
Fernando Coelho Filho (PSB-PE) como terceiro-vice.
‘Deputados que comandarão comissão:
-Presidente: Rogério
Rosso (PSD-DF)
-Relator: Jovahir Arantes (PTB-GO)
-1º vice-presidente: Carlos Sampaio (PSDB-SP)
-2º vice-presidente: Mauricio Quintella Lessa (PR-AL)
-3º vice-presidente: Fernando Coelho Filho (PSB-PE)’
-Relator: Jovahir Arantes (PTB-GO)
-1º vice-presidente: Carlos Sampaio (PSDB-SP)
-2º vice-presidente: Mauricio Quintella Lessa (PR-AL)
-3º vice-presidente: Fernando Coelho Filho (PSB-PE)’
Como relator, caberá ao deputado Jovahir Arantes elaborar um parecer sobre se o processo de impeachment deverá ter continuidade ou não. Esse parecer precisará ser aprovado pela maioria absoluta dos integrantes da comissão.
Em seguida,
será votado no plenário da Câmara e terá que
receber ao menos 342 votos favoráveis para seguir para o Senado.
Sessão.
A eleição ocorreu sob protestos de aliados do Palácio
do Planalto. O líder do PT, Afonso Florence (BA), questionou a indicação dos
nomes dos três vice-presidentes argumentando que o acordo feito tratava apenas
da presidência e da relatoria.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) apresentou
uma questão de ordem propondo que não fosse feita eleição para as vices porque,
segundo ela, a decisão do Supremo que tratou do rito de impeachment não tratou
disso.
O deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), que presidia a sessão, informou
que não aceitaria a questão de ordem, alegando que era conhecido que a sessão
havia sido convocada para eleger também os três vices.
Embora mescle deputados da base aliada e da oposição,
o comando da comissão do impeachment ficou com líderes de partidos governistas
que possuem bancadas divididas em relação ao governo Dilma Rousseff.
Maurício Quintella Lessa, Rogério Rosso e Jovahir Arantes são, inclusive,
considerados aliados importantes do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Escolhido para presidir a comissão, Rogério Rosso
(DF), que é líder do PSD, afirmou ao G1, nesta quarta (16),
que vai liberar o voto dos deputados no processo de impeachment. Segundo
ele, embora faça parte da base aliada, a bancada do partido está “dividida”
quanto à possibilidade de afastamento da presidente.
“Vai ser respeitado o voto e a consciência de cada
parlamentar".
A bancada hoje acha que está dividida, 50% pró-impeachment e 50%
contra o impeachment”, afirmou. Rosso avaliou que os protestos do último
domingo (13) deram nova “intensidade” ao processo de impeachment. “Com os
protestos, o impeachment ganhou altíssima intensidade. Todos os partidos, da
base e de oposição, vão ter que refletir sobre o que é melhor para o país”,
disse.
O
processo.
Segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), 45 dias é um “prazo razoável” para
concluir toda a tramitação do processo de impeachment na Casa.
A partir da instalação da comissão especial, a
presidente Dilma terá dez sessões do plenário da Câmara para apresentar sua
defesa e o colegiado terá cinco sessões depois disso para votar parecer pela
continuidade ou não do processo de impeachment.
Cunha disse que tentará fazer sessões todos os dias da
semana, inclusive segundas e sextas. Para valer na contagem do prazo, será
preciso haver quórum de 51 deputados. Após ser votado na comissão, o parecer
sobre o pedido de impeachment segue para o plenário da Câmara, que decide se
instaura ou não o processo.
Fonte: G1 – DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário