STF NEGA PEDIDO DA AGU DE MANTER POSSE DE LULA COMO MINISTRO.
Lula
se encontrou na noite de segunda (21) com a presidente Dilma. Seria um momento
de articulação, mas governo não consegue sair da defesa.
O Supremo
Tribunal Federal negou, no começo da madrugada desta terça-feira (22),
o pedido da Advocacia Geral da União de manter a posse do ex-presidente Lula
como ministro da Casa Civil.
Lula se
encontrou na noite de segunda-feira (21) com a presidente Dilma. O cenário
político só piora. Seria um momento de articulação. Mas com tudo isso o governo
está acuado, não consegue sair da defesa. E não tem conseguido resultado.
Ao negar pedido da Advocacia-Geral da União, nesta
madrugada, o ministro Luiz Fux lembrou que o Supremo Tribunal Federal tem
entendimento consolidado de que mandado de segurança não pode ser usado como
instrumento para tentar reverter decisão do Supremo.
E foi isso exatamente o
que a AGU fez, para tentar derrubar a decisão do ministro Gilmar Mendes de
suspender a nomeação do ex- presidente Lula para a Casa Civil. Na avaliação do
ministro Luiz Fux, a decisão do ministro Gilmar Mendes foi
"expressivamente fundamentada" e não aponta "flagrante ilegalidade".
Nesta terça-feira (22), Lula assumiria de fato a Casa Civil. Não
vai. Mas ele foi para Brasília nesta segunda-feira (21) e jantou com a
presidente Dilma. Gente do governo disse que ele não vai desistir de ser
ministro. Nem o governo de emplacá-lo.
Tanto que pediu ao Supremo Tribunal Federal para
anular a decisão do ministro Gilmar Mendes. Foi ele
que suspendeu, na sexta (18), a posse de Lula como ministro da Casa Civil. Os
argumentos do governo? Um é que Gilmar Mendes é suspeito para atuar no caso por
já ter feito declarações sobre a situação do ex-presidente.
O outro é que a nomeação de Lula foi legal porque é um
direito de Dilma, como presidente, escolher quem ela quiser para integrar o
governo.
A AGU questionou também a divulgação das conversas
telefônicas que envolvem a presidente Dilma. A Advocacia-Geral da União alegou
que ao torná-las públicas, o juiz Sérgio Moro colocou em
risco a soberania nacional. E pediu que a decisão de retirar o sigilo das
escutas seja anulada, o que pode levar à invalidação dos áudios como prova.
No total, chegaram ao Supremo vinte e uma ações. De
cidadãos, partidos, do governo e de advogados de Lula, questionando a validade
da posse, e também para evitar que o ex-presidente seja investigado pelo juiz
Sérgio Moro, do Paraná.
Nesta segunda (21) não houve decisão sobre nenhuma. E
como há ações nas mãos de 5 ministros, a tendência é de que o plenário decida
definitivamente a questão.
O ministro Luiz Edson Fachin seria o relator de uma das ações, mas se declarou impedido por ser amigo de um dos juristas que assinam a ação. Aí, a ministra Rosa Weber foi sorteada. Ela foi citada por Lula em uma das conversas gravadas pela Justiça.
A oposição passou o dia criticando essa batalha
jurídica. “É muito desespero, é uma sucessão de erros, é um governo que entrou
em colapso pela dificuldade que enfrenta para conduzir minimamente os destinos
do Brasil”, disse o senador Cássio Cunha
Lima (PSDB-PB)
Em relação a esses recursos, ainda há decisões
individuais que podem ser dadas pelo ministro Teori Zavascki e pela
ministra Rosa Weber, em pedidos feitos pelo governo e também pela defesa de
Lula.
Fonte: G1 – DF.
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