sexta-feira, 18 de março de 2016

PROTESTOS & PROTESTOS


AV. PAULISTA FICA MAIS DE 24 HORAS BLOQUEADA POR PROTESTO CONTRA LULA.


Manifestação começou às 18h15 desta quarta-feira, segundo a SSP.
Pedido oficial para protesto só foi feito no início da tarde desta quinta.


A Avenida Paulista supera às 24 horas de interdição nos dois sentidos da via por causa da manifestação contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. O protesto começou às 18h15 desta quarta-feira (16), segundo a PM. O bloqueio provocou trânsito na região.

Questionada pelo G1, a Secretaria de Segurança Pública não informou se há um prazo para o fim da manifestação ou quando a Avenida Paulista será liberada. O órgão também não informou se haverá retirada das barracas armadas pelos manifestantes na via.

No início da tarde, o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, afirmou que a SSP deixou claro ao movimento que o protesto precisa terminar à noite porque nesta sexta-feira haverá o protesto previamente marcado pelo PT e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em apoio a Lula e Dilma.

No entanto, o secretário não deu previsão de horário para liberação. “O Movimento Brasil Livre agora fez uma convocação geral. E nós colocamos de uma forma muito clara que até a noite, ou no final da tarde, eles devem se retirar porque amanhã há outra manifestação marcada anteriormente”, disse.

O grupo diz que irá continuar protestando até a presidente Dilma Rousseff deixar o cargo.

Mais cedo, Moraes foi à Avenida Paulista, na região central da capital paulista, e acabou expulso pelos manifestantes.

Por volta de 18h, Paulo Skaf, presidente da Fiesp e filiado ao PMDB, também foi hostilizado pelos manifestantes na Avenida Paulista. Ele saiu do prédio da Fiesp e cantou o hino nacional com a mão para cima, perto da multidão. Ele foi chamado de oportunista por manifestantes mais exaltados.

Violência.

Durante estas 24 horas foram registradas ao menos três casos de agressão. O primeiro foi contra um casal de jovens na noite de quarta-feira, no início do protesto.

Nesta manhã, uma mulher foi agredida no rosto durante o ato. A agressão partiu de um manifestante do mesmo grupo quando o namorado da mulher tentava proteger um rapaz vestido com uma camiseta vermelha, que passava pelo local e foi hostilizado.

Mais tarde, um  adolescente de 17 anos foi perseguido por manifestantes. O jovem teve de ser escoltado por policiais, que usaram bombas de efeito moral e gás de pimenta para controlar os agressores.

A manifestação não foi convocada por nenhum movimento social. Ela começou depois do anúncio da nomeação de Lula para a Casa Civil. A concentração começou no vão livre do MASP e logo foi ganhando adesão. O protesto seguiu pela noite de quarta e a madrugada. A Polícia Militar acompanhou o protesto.

Pela manhã, um grupo de manifestantes bloqueou a avenida na frente da sede da FIESP, mesmo assim outros trechos adjacentes seguiam bloqueados apesar de não ter tanta gente reunida.

Os manifestantes levaram barracas e acamparam na Paulista dizendo que só vão sair quando a presidente Dilma Rousseff renunciar.

Segundo o secretário de Segurança Pública, o protesto precisa terminar à noite porque nesta sexta-feira haverá o protesto previamente marcado pelo PT e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em apoio a Lula e Dilma.

Pela manhã, em um evento da Polícia Científica, o secretário afirmou que a polícia iria faze a desobstrução gradativa da Paulista. Moraes foi perguntado pela manhã: "Secretário, não houve nenhuma ordem sua ou do governador para a PM deixar as pessoas se manifestarem na paulista?".

O secretário respondeu: "A minha ordem foi para que se realize o mesmo protocolo que se realiza em todas as manifestações, ou seja, se não houver sucesso na negociação, a necessidade de desobstrução. E é isso que vai ser realizado".

Questionado sobre a demora para a liberação da Paulista, o secretário disse pela manhã: "A negociação não está durando 18 horas, porque a negociação se iniciou logo pela manhã quando se verificou que não houve a saída voluntária dos manifestantes. Então, continua o mesmo cronograma. O que, o tratamento dos manifestantes é igual tanto nas grandes manifestações quanto nas manifestações voluntárias que obstruem ruas", afirmou.

Protesto oficial.

No início da tarde o secretário foi à Avenida Paulista para negociar a desobstrução da via. Moraes afirmou: "Quando a negociação se iniciou, chegou informação de que haveria protesto do Movimento Brasil Livre a partir das 11h. 

Isso não se confirmou, mesmo sendo informadas duas horas antes, o que não é o tempo necessário para organização. 

Mas assim como o Movimento Passe Livre comunicou nas últimas manifestações, com uma hora antes, então nós aguardamos. Às 11h, isso não se confirmou, inclusive colocamos a Tropa de Choque, para que houvesse a possibilidade de desobstruir as vias".

"Mas, novamente, agora oficialmente chegou ofício de que a partir das 13h haverá manifestação do Movimento Brasil Livre. Para evitar que isso ocorra amanhã quando está marcada manifestação do PT e da CUT na Paulista, eles vão fazer hoje, e nós vamos continuar bloqueando para essa manifestação"

Em seguida, o secretário foi hostilizado por alguns manifestantes e teve de sair da Paulista por volta de 12h30. Os manifestantes se concentram em frente ao prédio da FIESP.
Fonte: G1 – DF.

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