segunda-feira, 21 de março de 2016

O PODER DOS ANARQUISTAS CORRUPTOS ENVOLVE O PAÍS


O TERREMOTO POLÍTICO NO BRASIL EM DUAS SEMANAS.


Lula: o ex-presidente Lula é investigado por supostos delitos de corrupção e lavagem de dinheiro.

A seguir os momentos-chave de duas semanas do terremoto político-jurídico que abalou o Brasil, depois das buscas na casa do ex-presidente Lula por supostos delitos de corrupção e lavagem de dinheiro.

A "Operação Lava Jato", iniciado em 2014, revelou um complexo esquema de corrupção dentro da Petrobras envolvendo as empreiteiras mais poderosas do país, que pagavam comissões distribuídas a parlamentares da coalizão no poder.

4 de março.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) é interrogado pela Polícia Federal, que revistou seu apartamento em São Paulo, a casa de vários colaboradores e as instalações do Instituto Lula.

Esta operação aconteceu um dia depois de uma avalanche de novas acusações de corrupção, incluindo a divulgação de declarações da delação premiada do senador Delcídio Amaral envolvendo Lula e a presidente Dilma Rousseff.

Lula se defende com veemência das acusações durante uma coletiva, anuncia que vai lutar até o fim e convoca seus partidários a saírem às ruas.

7 de março.

Lula declara sua intenção de disputar a Presidência em 2018 e classifica de "canalhice homérica" as acusações contra ele.

Dilma, que enfrenta a ameaça de um processo de impeachment por suposta maquiagem das contas públicas, acusa a oposição de querer antecipar as eleições de 2018.

10 de março.

O Ministério Público de São Paulo denuncia o ex-presidente por ocultação de patrimônio, já que suspeita que é dono de um elegante apartamento no Guarujá, o que Lula nega categoricamente. Os promotores consideram que Lula "violou a ordem pública" ao convocar seus seguidores a sair às ruas para denunciar a "perseguição judicial" da qual é alvo.

11 de março.

Dilma descarta renunciar e convida Lula, fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) a se integrar ao governo.

12 de março.

O PMDB, um pilar chave da coalizão parlamentar, deu como prazo 30 dias para decidir se fechar a porta da maioria, o que seria fatal para Dilma. Se a presidente for destituída em um impeachment, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiria o poder até as eleições de 2018.

13 de março.

Três milhões de pessoas, segundo a polícia, saíram às ruas de todo o país ao grito de "Fora Dilma" em um clima de forte descontentamento social pela recessão econômica e pela fraude na Petrobras.

14 de março.

A juíza de São Paulo que deveria se pronunciar sobre um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente por suposta lavagem de dinheiro transfere o caso ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso de corrupção na Petrobras. Assim, o juiz centraliza as duas investigações contra Lula.

15 de março.

Quando Lula chega a Brasília para discutir sua entrada no governo, a justiça torna pública a delação de um senador do PT, acusando o ministro Aloizio Mercadante de tentar ganhar seu silêncio para proteger o governo de Dilma Rousseff.
Também acusa Lula, Dilma, o vice-presidente Michel Temer e o líder da oposição Aécio Neves (PSDB).

16 de março.

Lula é nomeado "ministro de Estado, chefe da Casa Civil", cargo que o livra da ameaça de ser detido pelo juiz Sérgio Moro. Os ministros só podem responder penalmente por seus atos ante o Supremo Tribunal Federal.

Manifestações de indignação nas ruas e no Congresso após a divulgação, pelo juiz Sérgio Moro, da gravação de uma conversa telefônica entre Dilma e Lula sugerindo que a nomeação seria para livrá-lo da prisão.

17 de março.

Lula é investido como chefe da Casa Civil, mas um juiz suspende, em caráter liminar, sua posse.

Deputados iniciam o processo de impeachment contra a presidente Dilma, ao eleger uma comissão especial encarregada de preparar um primeiro informe que será submetido ao plenário da Câmara.

18 de março.

Um tribunal do Rio de Janeiro derruba liminar que suspendia a posse de Lula como chefe da Casa Civil, liberando o ex-presidente a assumir o cargo do gabinete de Dilma.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que o Supremo defina um marco legal que unifique juridicamente outras liminares semelhantes, apresentadas em instâncias inferiores.
Fonte: Reuters.

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