MINISTRO DA JUSTIÇA PEDE EXONERAÇÃO DO CARGO DE PROCURADOR-GERAL
ADJUNTO.
Exoneração
foi publicada no Diário Oficial da Justiça nesta segunda-feira.
Pedido não está relacionado ao cargo efetivo de procurador de Justiça.
O novo
ministro da Justiça, Wellington Lima e Silva, solicitou exoneração do cargo
comissionado de procurador-geral de Justiça adjunto para assuntos jurídicos do
Ministério Público da Bahia (MP-BA).
A exoneração foi publicada no Diário
Oficial da Justiça nesta segunda-feira (7). O pedido de exoneração não está
relacionado ao cargo efetivo de procurador de Justiça do MP-BA.
O MP-BA explica que, além de procurador de Justiça
(cargo vitalício), o novo ministro também atuava na função comissionada de
procurador-geral adjunto para assuntos jurídicos, terceiro cargo de maior
importância da administração superior do órgão. A função de maior relevância é
a de procurador-geral de Justiça e depois a de procurador-geral de Justiça
adjunto (vice-presidente).
A exoneração foi publicada três dias após a juíza
federal Solange Salgado, da Primeira Vara da Justiça Federal de Brasília, ter suspendido
por meio de liminar (decisão provisória), a nomeação, pela presidente Dilma
Rousseff, do novo ministro da Justiça.
A decisão atendeu ao pedido formulado na última
quarta-feira (2) pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
Ele argumentou que a
Constituição Federal proíbe membros do Ministério Público de exercerem outra
função pública, salvo a de professor.
Em sua decisão, Solange Salgado diz que Wellington
César Lima e Silva poderá ser novamente nomeado no cargo “desde que haja o
necessário desligamento (por exoneração ou, se for o caso, aposentadoria) do
cargo que ocupa, desde 1991, no Ministério Público do Estado da Bahia”.
Procurador de Justiça da Bahia, ele está atualmente afastado do cargo.
Decisão do
STF.
O novo ministro da Justiça disse em entrevista à Globo
News que tem uma confiança "suprema" no Supremo Tribunal Federal
(STF).
O tribunal deve decidir
na quarta-feira (9) sobre um pedido da oposição que sustou a nomeação de
Lima e Silva para o ministério.
Para o novo ministro, a ação para suspender a posse
tem a ver com o momento de "polarização" do país.
Ele afirmou ainda
que conversasse com conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP) que, segundo o ministro, não apontaram impedimentos para ele exercer o
cargo.
"Eu quero crer que talvez o momento de maior
polarização tenha estimulado essa questão vir à tona. Inclusive, na semana
passada o CNMP tinha deliberado.
Consultei e conversei antes com diversos
conselheiros e não houve nenhuma oscilação. Então, esse ponto específico não
estava no horizonte. Em matéria de direito você sempre pode agitar novos
argumentos. Mas eu tenho uma suprema confiança no Supremo", afirmou o novo
ministro.
"Quarta feira é que decide tudo. É muito
importante para o Ministério Público.
O poder público deveria ser o maior
interessado nisso porque esse diálogo entre o órgão de fiscalização e controle
com órgão de administração enriquece os dois lados", continuou Lima e
Silva.
Questionado se deixaria a carreira no Ministério
Público caso o STF barre a nomeação para o governo, Lima e Silva disse que
ainda não tem uma resposta pronta.
"Acho que esta decisão só pode acontecer depois
do pronunciamento do STF. Até porque eu ouviria outros colegas.
Isso não é
apenas uma questão da minha condição pessoal, tem algo da minha origem
institucional.
Eu teria que fazer um cálculo de natureza institucional, avaliação
de natureza pessoal. Essa resposta eu não lhe dou porque eu não tenho. Não
tenho essa resposta", disse o novo ministro.
Fonte: G1 – BA.
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