SUPER PRIMEIRO MINISTRO (CASA CIVIL).
PRESIDENTE DILMA PASSA COORDENAÇÃO DO PAC PARA LULA.
Em uma tentativa de dar maior poder ao ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff transferiu ontem, do
Ministério do Planejamento para a Casa Civil, a administração do PAC, uma das
vitrines eleitorais do governo federal.
Lula assumiu ontem a chefia da Casa Civil, nomeação
logo suspensa pela Justiça. A iniciativa foi publicada em edição extra do
“Diário Oficial” da União, que também passou a coordenação do Conselho de
Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, para o controle do gabinete da
Presidência da República, que será chefiado por Jaques Wagner, que ocupou a
Casa Civil até há pouco.
A mudança faz parte de acordo feita pela presidente
com o petista em encontro no qual ele aceitou assumir um cargo na Esplanada dos
Ministérios.
Dilma, na condição de chefe da Casa Civil do governo
Lula, coordenava o programa e foi alcunhada pelo então presidente de “mãe do
PAC”. O apelido foi amplamente utilizado na construção da imagem política de
Dilma, então uma neófita em eleições de qualquer tipo, para viabilizar-se como
candidata e eventualmente vencedora do pleito presidencial de 2010.
Ela concordou em adotar medidas de retomada do crescimento,
como acelerar iniciativas como o Minha Casa, Minha Vida e o PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento). Em troca, pediu ao seu antecessor que não interfira
na política do ajuste fiscal, criticada pelo PT.
Em conversas reservadas, Lula vinha criticando a
paralisia no PAC que, segundo ele, deveria estimular a geração de investimentos
e de empregos para tirar o País da crise econômica.
A petista também aceitou fazer trocas pontuais em
pastas ministeriais. O objetivo é acomodar aliados do seu antecessor e promover
mudanças que dêem novo fôlego ao governo federal.
Antes de promover as alterações, a presidente
realizará uma espécie de análise da fidelidade da base aliada. A intenção é
ponderar qual é a base real de apoio ao governo federal e, assim, redimensionar
os atuais espaços dos partidos na Esplanada dos Ministérios.
A expectativa é que siglas como PRB, PP e PTB, que
apresentam baixas taxas de fidelidade na Câmara dos Deputados, tenham seus
espaços reduzidos nas mudanças programadas para a próxima semana.
Fonte: Agência Brasil.
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