terça-feira, 1 de março de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 1º DE MARÇO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

AÇAMBARCAR OS TRIBUTOS.

Nobres:
Em sucessivos atos contraditórios deste governo que pensa tão somente criar novos impostos. No aspecto racional se estima que o Estado incumba a tarefa de assegurar a existência de um ambiente propício ao livre desenvolvimento da pessoa humana. Cabe a ele prover as condições para que o cidadão possa exercer livremente sua profissão e sua atividade econômica. É do Estado a função de permitir que o indivíduo, por seu trabalho, produza riqueza, gere lucro e crie empregos. E, em razão do desempenho dessas tarefas, ao poder público cabe financiar-se por meio dos tributos. Ou seja, ele cobra um “preço” visando a assegurar o direito de o cidadão exercer direitos. Ocorre, contudo, que o que estamos assistindo na realidade brasileira atual é a cobrança de um “preço” manifestamente abusivo pela nossa liberdade. Estamos pagando uma conta visivelmente desproporcional por aquilo que recebemos de contraprestação do Estado. E o pior: assistimos a um movimento crescente por meio do qual o Estado vem transferindo à iniciativa privada a realização de funções que lhe são próprias, sem, no entanto, reduzir o preço cobrado em contrapartida pela sua (não) atuação. A saúde privada surge como alternativa ao SUS; as obras públicas são feitas por meio de parcerias público-privadas; organizações não governamentais sem fins lucrativos prestam a assistência social negada pelo Estado. Ou seja, a sociedade já não espera mais pela atuação estatal. No entanto, o mais paradoxal dessa realidade é que, em vez de falar-se em redução de tributos pela ausência da atuação estatal direta, fala-se, isto sim, em aumento da carga tributária. E os problemas, por exemplo, na segurança pública continuam graves e o pior manipula as estatísticas como fosse mentir é por mérito. Nesta área, as estatísticas de fora, revelam ser Fortaleza, a cidade mais violenta do país, sem proporções. Indagamos ao senhor governador do Estado, nós não somos burros. Apostar em resultados favoráveis no dia da eleição é tentar ganhar em loterias, isto sim, “se o jogo se for realmente da sorte”. Os tributos são obrigados a cada cidadão, ou seja, pagamos um preço exorbitante ao Estado pela liberdade que já não temos mais. Enfim, se o tributo é o preço da liberdade, o certo é que esse preço não deve ser ilimitado, ao contrário do que parecem pensar nossos ilustres governantes. A um adágio popular que vem ao encontro da realidade! “Prá frente, as malas bate”.
Antônio Scarcela Jorge.

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