Após o último debate na TV, candidata do PSB desconversou se procuraria
apoio de Aécio Neves.
RIO - A candidata do PSB à
presidência, Marina Silva, disse, em entrevista coletiva após o debate da TV
Globo, que acredita na chegada ao segundo turno e que tem certeza da vitoria,
mesmo com o que chamou de disputa desigual contra a máquina de propaganda de
Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.
Perguntada se procuraria apoio do
candidato do PSDB, Aécio Neves, numa eventual participação dela no segundo
turno, desconversou. Os dois tiveram um áspero embate em que Marina o acusou de
atacá-la injustamente do mesmo jeito que diz ser vítima do PT.
— Segundo turno a gente discute
no segundo turno. Até o dia 5 de outubro vamos continuar apostando no projeto
que representamos para o Brasil. Apresentamos um programa de governo que trata
das questões maus importantes para o nosso pais, como o crescimento econômico,
que hoje é pífio, de 0,9%, ameacando o emprego e as conquistas que os
trabalhadores já alcançaram.
Marina afirmou que, após a
conquista de avanços sociais que mudaram a vida das famílias, o pais precisa de
melhores serviços públicos para melhorar o bem-estar das pessoas fora de casa.
- Temos a clareza de que a
sociedade brasileira, que conquistou a duras penas alguns ganhos dentro da sua
casa, agora quer ter um governo que amplie esses ganhos da porta pra fora —
disse.
Marina acrescentou que o
brasileiro quer receber do Estado serviços de qualidade em áreas como saúde,
educação e habitação na proporção dos impostos que paga.
- Com certeza, é com esse
programa de governo que nós vamos para o segundo turno.
A candidata disse ainda que será
levada pelo povo ao segundo turno e que sua vitória significará uma renovação
da política e melhoria na gestão pública para o combate da corrupção, da
ineficiência e da incompetência. Em apenas cinco minutos de entrevista, ela não
avaliou o debate.
Marina disse que a nova proposta
que fez durante o debate de instituir um décimo-terceiro salário para o Bolsa
Família não foi planejada agora, a três dias da eleição. Segundo ela, a ideia
era de Eduardo Campos, mas ela só apresentou agora porque sua equipe estava
calculando a viabilidade orçamentária da proposta.
Após a entrevista, Marina foi
direto para o Hotel Mercury, na Barra da Tijuca, onde está hospedada com os
principais colaboradores da campanha. Conversou por cerca de dez minutos com o
coordenador Walter Feldman ainda de pé no saguão, onde, sorridente, recebeu
vários cumprimentos e tirou fotos. Em seguida, subiu para o apartamento.
Fonte: Agência O Globo.
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