Após
carreata no Rio, candidata do PSB diz que Dilma ‘quis dar uma chance’ ao tucano
no debate da Globo.
RIO - Enquanto tenta estancar a
perda de intenção de votos demonstrada pelas últimas
pesquisas presidenciais a tempo de não perder a vaga no
segundo turno para Aécio Neves (PSDB), a candidata do PSB Marina Silva, fechou
a última semana de campanha com uma carreata no Rio, onde teve boa votação em
2010. Depois de percorrer ruas da Tijuca e dar uma rápida entrevista, Marina
provocou seu adversário na disputa para ir ao segundo turno.
Segundo os institutos de pesquisas,
a disputa entre Marina e Aécio pode ser muito acirrada no domingo, e a
candidata do PSB ajusta seu discurso final para conquistar indecisos e deter
sua queda nos últimos dias. Antes de embarcar para São Paulo, onde fechará sua
campanha neste sábado, ela afirmou que a candidata à reeleição, Dilma Rousseff
(PT), “quis dar uma chance” a Aécio no debate da TV Globo por considerar que o
tucano é um adversário mais fácil de ser batido.
Marina lembrou as últimas
derrotas do PSDB para o PT e provocou Aécio:
- O PSDB é um segundo turno
descendente. Nós somos um segundo turno ascendente. O PT sabe disso, tanto é
que a presidente Dilma ontem (no debate) quis dar uma chance para o Aécio,
porque ele já é o segundo turno de estimação do PT. É assim que o PT ganha as
eleições. E o PSDB está se conformando em ser o segundo lugar de estimação do
PT — disse Marina, antes de embarcar ao lado de seu vice, Beto Albuquerque, no
Aeroporto Santo Dumont.
Ela voltou a criticar os ataques
que sofreu durante a campanha, considerados abaixo dos limites éticos.
- É a primeira campanha que você
vê prevalecer o marketing selvagem. Só vi acontecer isso na época do Collor. A
reedição disso é impressionante.
Em carreata pela Tijuca, no Rio,
Marina disse que o PT prefere enfrentar PSDB no segundo turno.
Mais cedo, durante a carreata,
Beto Albuquerque já tinha dado o tom da palavra de ordem final da campanha de
Marina de olho em evitar a perda de eleitores para Aécio. Ele também se lembrou
da “freguesia” dos tucanos para o PT, partido que venceu as últimas três
eleições e está no poder a 12 anos.
- Não adianta botar no segundo
turno um candidato acostumado a perder para a Dilma, a perder para o PT. Tem
que botar quem pode ganhar e fazer a mudança, que é a Marina — discursou o
deputado.
O ato de campanha no Rio foi
marcado pelo improviso. Além de Beto Albuquerque, Marina esteve acompanhada
apenas por mais um político, o vereador Jefferson Moura, que deixará o PSOL
para se integrar à Rede quando o partido for criado. Maria Alice Setúbal, a
Neca, sua apoiadora, também esteve com Marina, mas não subiu no jipe onde
estava a candidata.
No início do trajeto, o carro
percorreu ruas vazias da Tijuca, e Marina e Beto em alguns momentos tinha até
dificuldades de avistar eleitores para trocar acenos. Quando o veículo chegou à
Praça Saens Peña, mais movimentada, Marina e Beto discursaram ao microfone.
Fonte: Agência O Globo.
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