CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
Plenário deve votar projeto que regulamenta criação de
municípios no dia 4.
Foi adiada para o dia 4 de junho a votação em
Plenário do Projeto de Lei Complementar (PLP) 416/08, do Senado, que estabelece
regras para a criação, a fusão e o desmembramento de
municípios. A votação do projeto estava inicialmente prevista para dia 14, mas
a votação da matéria foi suspensa devido à votação da MP dos Portos (595/12).
Depois, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, previu a votação para o
dia 28, mas a votação foi novamente adiada, devido ao feriado do dia 30, o que
pode levar a problemas de quórum.
Como regulamenta a Constituição, um projeto de lei complementar precisa ser aprovado por mais da metade dos deputados, 257 votos. “É um projeto de lei complementar, não é consensual, não é unânime. Há parlamentares que votaram contrariamente à urgência e há outros que querem discutir. Portanto, nós precisamos ter segurança para que não faltem alguns votos”, explicou Henrique Alves. A urgência para votação da medida foi aprovada pelo Plenário, por 399 votos a 19 e 1 abstenção, no último dia 7.
Como regulamenta a Constituição, um projeto de lei complementar precisa ser aprovado por mais da metade dos deputados, 257 votos. “É um projeto de lei complementar, não é consensual, não é unânime. Há parlamentares que votaram contrariamente à urgência e há outros que querem discutir. Portanto, nós precisamos ter segurança para que não faltem alguns votos”, explicou Henrique Alves. A urgência para votação da medida foi aprovada pelo Plenário, por 399 votos a 19 e 1 abstenção, no último dia 7.
O coordenador da Frente Parlamentar Mista de Apoio à
Criação de Novos Municípios, José Augusto Maia (PTB-PE), explicou que o texto
que será votado é um substitutivo global ao projeto do Senado, formulado por
grupo de trabalho que envolveu os ministérios das Cidades; do Planejamento; da
Integração Nacional e da Fazenda. Portanto, o texto conta com apoio do
Planalto.
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo
Chinaglia (PT-SP), também já incluiu a proposta entre as prioridades do governo
na pauta do Plenário. Na Câmara, segundo Maia, o Psol ainda apresenta
resistências às propostas.
Maia: critérios populacionais para dificultar a
criação de municípios que não se sustentam.
“Critérios rígidos”
Conforme o presidente da frente parlamentar, o texto
estabelece critérios rígidos para a criação de municípios, justamente para
evitar a volta da “farra de criação de municípios”, amplamente denunciada pela
imprensa. A Constituição de 1988 facilitou muito a criação de municípios
autônomos, ao transferir para as assembleias legislativas estaduais essa
atribuição. As próprias assembleias estabeleciam os critérios para essa
criação. “Municípios foram criados desordenadamente, sem condições econômicas
de subsistência”, afirmou o deputado. “Municípios foram criados com apenas 800
ou 1 mil habitantes”, complementou. Em 1996, a Emenda
Constitucional 15 foi aprovada, exigindo a aprovação de uma lei complementar
federal regulamentando a criação de novos municípios. A criação de municípios
também foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). “De lá para cá,
vários regiões de desenvolveram, se industrializaram, e alguns distritos
ficaram maiores que a sede-mãe, mas continuaram proibidos de se tornarem
cidades”, explicou José Augusto Maia.
Entre as novas regras, o substitutivo o texto
determina a realização de Estudo de Viabilidade Municipal e de consulta prévia,
mediante plebiscito, às populações envolvidas. Maia acrescenta que, para a
emancipação, a população do novo município deve ser igual ou superior a 6 mil
habitantes nas regiões Norte e Centro-Oeste; 8,5 mil habitantes no Nordeste; e
12 mil no Sul e Sudeste.
Além disso, a Assembleia Legislativa avaliará as
condições econômicas de subsistência do município. “Não pode ser um distrito
dormitório, que não tenha atividade comercial ou industrial; ele terá que ter
vida própria para poder sobreviver”, disse o deputado.
150 novos municípios
O presidente da frente parlamentar explica que,
antes de a criação de municípios ter sido questionada pelo STF, já existiam 800
municípios querendo se emancipar. Ele avalia que hoje apenas 150 terão
condições, pelos critérios de população, de solicitarem a efetivação de sua
criação à respectiva assembleia legislativa. “Talvez pela avaliação do critério
econômico esse número se reduza ainda mais”, disse. “Se a lei tivesse sido
votada em 1996, 2 mil municípios não existiriam hoje, por não atingirem os
critérios”, complementou.
O PLP 416/08 também confirma a validade de 57 cidades criadas de 1996 até 2007, desde que se encontrem no pleno gozo de sua autonomia municipal, com prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos e empossados. O projeto tramita com 42 propostas apensadas, todas buscando regulamentar a Emenda Constitucional 15.
O PLP 416/08 também confirma a validade de 57 cidades criadas de 1996 até 2007, desde que se encontrem no pleno gozo de sua autonomia municipal, com prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos e empossados. O projeto tramita com 42 propostas apensadas, todas buscando regulamentar a Emenda Constitucional 15.
Reportagem – Lara Haje
Edição - Natalia Doederlein.
- PARA O BLOG DO JORNALISTA SCARCELA JORGE
- Postada para reprodução pelo Dr Luiz Carlos
Mourão Maia – Membro da Comissão de Emancipação dos Distritos da Assembléia
Legislativa do Estado do Ceará’
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