domingo, 26 de maio de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 26 DE MAIO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
Contrafação e ousadia

Nobres:
Neste momento em que se realizam inúmeras operações e investigações da Polícia e do Ministério Público, denotam não apenas o aumento necessário e saudável da eficiência desses órgãos, como também um problema muito comum entre gestores públicos e privados: a ausência de políticas adequadas de gestão de risco embaraçoso. “Promover” a capacidade das instituições e as empresas cumprirem e fazerem cumprir as leis e as normas, seja na esfera privada, seja na esfera pública. Em ambientes extremamente regulados, como a gestão pública, a gestão de instituições financeiras, de empresas farmacêuticas, alimentícias, na área da saúde, na esfera ambiental, impõe-se não apenas um trabalho permanente para estabelecer uma cultura de ética e como também políticas e estruturas permanentes e independentes com a capacidade de detectar riscos e atos que violem ou possam violar padrões éticos e normas legais (como lavagem de dinheiro e corrupção). É justamente a ausência de políticas e estruturas adequadas o que acaba por gerar, posteriormente, investigações e processos criminais. É a fragilidade de controle interno de empresas e órgãos públicos, bem como a debilidade ou inexistência de implementação de mecanismos permanentes de monitoramento do risco que acabam por prejudicar gestores de empresas e de instituições públicas. Como detectar, previamente, a existência de atos que estão se afastando da normalidade, descumprindo padrões de conduta e comportamento, se empresas e governos, muitas vezes, não possuem políticas de ética essencialmente amoldada. Continuando neste modo, tudo acabará na esfera criminal, com processos duros e lentos, enquanto a reputação esvanecer-se velozmente.
Antônio Scarcela Jorge

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