domingo, 5 de maio de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 5 DE MAIO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

POLÍTICA E EDUCAÇÃO


Nobres:
Todos sabem que a política é campo fértil para prática de falcatruas, enriquecimento ilícito e abrigo para muito bandido travestido de “autoridade“. Muitos lá estão apenas para enriquecer, pois na iniciativa privada seriam medíocres diante do despreparo profissional. Mas, lá, sem qualquer qualificação, basta saber mentir, ludibriar, prometer e não fazer e, assim, receber polpudos rendimentos e, claro, servir-se no balcão de negociatas, por esta razão; políticos até então intocáveis, honestos, dignos, estão atolados até o pescoço em falcatrua e crimes, e, principalmente, em vários partidos se estimam nessa premissa. Se fosse colocada com seriedade deixando a Priore as falcatruas e o roubo deliberado ao erário como padronização das políticas da atualidade certamente minimizaria os efeitos negativos juntos aos setores ativos da sociedade que fazem o tripé: educação, saúde e segurança se tornam inoperantes. Então fariam em tese encontraria os objetivos comuns que a política especifica. Na área da Educação, atividade que norteia o elemento humano, obviamente, por lei natural, requer autenticidade e trabalho onde no mundo contemporâneo, - bem lá fora - a ciência, a tecnologia e a globalização operaram uma evolução sem precedentes, o trabalho tornou-se uma realidade que envolve questões econômicas, políticas, sociais, culturais e antropológicas. Nos últimos dois séculos, todos esses setores passaram, e ainda passam, por profundas mudanças que a modernidade impõe. Mas, se de um lado temos uma nação cheia de criatividade e disposição para o trabalho, de outro persiste um Estado hipertrofiado que engessa tanto a eficiência dos próprios serviços quanto as possibilidades de a sociedade  participar do processo de desenvolvimento. Precisamos sim; do Estado amadurecido politicamente para descentralizar, desburocratizar e desregulamentar uma série de atividades produtivas. Com efeito, na esteira das reformas  tributária previdenciária ou política, o próprio conceito de trabalho, e as relações estabelecidas, precisa serem redefinidas. Precisamos rever conceitos e leis que no passado cumpriram seu papel, mas que hoje, não raro, estão inviabilizando novos avanços. A porcentagem de encargos sobre a folha de pagamentos nos EUA é da ordem de 9,03%; no Uruguai, em torno de 48,05%, e no Brasil chega a 102,76%! Igualmente, em alguns países levam-se poucos dias para abrir uma empresa, e aqui à média é de 70 dias.  Não é à toa que o IBGE aponta uma infinidade de empresas informais, empregando milhões de pessoas sem amparo legal. Como num círculo vicioso, as empresas que registram seus funcionários e pagam seus impostos não veem o retorno da administração pública, e ainda sofrem com a concorrência da informalidade. As empresas informais não conseguem se regularizar diante da burocracia, da carga tributária e das exigências trabalhistas. E o trabalhador torce para que a Previdência lhe garanta o mínimo na aposentadoria, enquanto o governo aumenta mais a carga tributária e fiscal para cobrir o rombo da seguridade. São questões que, revistas em nome do bem comum, vão contribuir para superarmos o desemprego, o subemprego e a informalidade. Além disso, para combatermos o trabalho escravo e os salários aviltantes,  faz-se ainda mais urgente tratar da grande chaga social que é a falta de acesso ao conhecimento. A ausência de uma política de educação que contemple a ética aprofunde as áreas do saber e prepare o indivíduo para a vida está condenando parcela significativa das nossas crianças e jovens ao vazio. Sem vislumbrarem qualquer perspectiva, entregam-se aos instintos mais primitivos, que embrutecem e desumanizam. Como ser alguém? Como conquistar um salário digno que garanta a família que irão formar? Por isso tudo, precisamos de mais projetos, programas e ações comunitárias; precisamos da vontade política que prioriza e decide. Educação e trabalho são binômios inseparáveis. É pela apropriação dos conhecimentos construídos, sistematizados e socialmente necessários que se cria um nível de consciência humana que emancipa o sujeito, para que ele possa participar de forma útil e ativa na construção de seu meio. Quero radicalizar e dizer que, enquanto houver neste País, uma única criança sem educação adequada, todo o nosso esforço por uma nação livre terá sido insuficiente. Há de concluir com a nossa perspectiva que inevitavelmente será justaposto por uma nova geração de comando da política, projetamos um País sem comprometimento em ações escusas o imperativo político no momento que enseja a falta de pudor de “nossa” representação eletiva no Estado brasileiro.
Antônio Scarcela Jorge

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