COMENTÁRIO
Scarcela Jorge
POLÍTICA E EDUCAÇÃO
Nobres:
Todos sabem que a política é
campo fértil para prática de falcatruas, enriquecimento ilícito e abrigo para
muito bandido travestido de “autoridade“. Muitos lá estão apenas para
enriquecer, pois na iniciativa privada seriam medíocres diante do despreparo
profissional. Mas, lá, sem qualquer qualificação, basta saber mentir,
ludibriar, prometer e não fazer e, assim, receber polpudos rendimentos e,
claro, servir-se no balcão de negociatas, por esta razão; políticos até então
intocáveis, honestos, dignos, estão atolados até o pescoço em falcatrua e
crimes, e, principalmente, em vários partidos se estimam nessa premissa. Se
fosse colocada com seriedade deixando a Priore as falcatruas e o roubo
deliberado ao erário como padronização das políticas da atualidade certamente
minimizaria os efeitos negativos juntos aos setores ativos da sociedade que
fazem o tripé: educação, saúde e segurança se tornam inoperantes. Então fariam
em tese encontraria os objetivos comuns que a política especifica. Na área da
Educação, atividade que norteia o elemento humano, obviamente, por lei natural, requer autenticidade e
trabalho onde no mundo
contemporâneo, - bem lá fora - a ciência, a tecnologia e a globalização operaram
uma evolução sem precedentes, o trabalho tornou-se uma realidade que envolve
questões econômicas, políticas, sociais, culturais e antropológicas. Nos
últimos dois séculos, todos esses setores passaram, e ainda passam, por
profundas mudanças que a modernidade impõe. Mas, se de um lado temos uma nação
cheia de criatividade e disposição para o trabalho, de outro persiste
um Estado hipertrofiado que engessa tanto a eficiência dos próprios
serviços quanto as possibilidades de a sociedade participar do processo
de desenvolvimento. Precisamos sim; do Estado amadurecido politicamente para descentralizar,
desburocratizar e desregulamentar uma série de atividades produtivas. Com
efeito, na esteira das reformas tributária previdenciária ou política, o
próprio conceito de trabalho, e as relações estabelecidas, precisa serem
redefinidas. Precisamos rever conceitos e leis que no passado cumpriram seu
papel, mas que hoje, não raro, estão inviabilizando novos avanços. A
porcentagem de encargos sobre a folha de pagamentos nos EUA é da ordem de
9,03%; no Uruguai, em torno de 48,05%, e no Brasil chega a 102,76%!
Igualmente, em alguns países levam-se poucos dias para abrir uma empresa, e
aqui à média é de 70 dias. Não é à toa que o IBGE aponta uma infinidade
de empresas informais, empregando milhões de pessoas sem amparo legal. Como num
círculo vicioso, as empresas que registram seus funcionários e pagam seus
impostos não veem o retorno da administração pública, e ainda sofrem com a
concorrência da informalidade. As empresas informais não conseguem se
regularizar diante da burocracia, da carga tributária e das exigências
trabalhistas. E o trabalhador torce para que a Previdência lhe garanta o mínimo
na aposentadoria, enquanto o governo aumenta mais a carga tributária e fiscal
para cobrir o rombo da seguridade. São questões que, revistas em nome do bem
comum, vão contribuir para superarmos o desemprego, o subemprego e a
informalidade. Além disso, para combatermos o trabalho escravo e os
salários aviltantes, faz-se ainda mais urgente tratar da grande chaga
social que é a falta de acesso ao conhecimento. A ausência de uma política de
educação que contemple a ética aprofunde as áreas do saber e prepare o
indivíduo para a vida está condenando parcela significativa das nossas crianças
e jovens ao vazio. Sem vislumbrarem qualquer perspectiva, entregam-se aos
instintos mais primitivos, que embrutecem e desumanizam. Como ser alguém?
Como conquistar um salário digno que garanta a família que irão formar? Por
isso tudo, precisamos de mais projetos, programas e ações comunitárias;
precisamos da vontade política que prioriza e decide. Educação e trabalho são
binômios inseparáveis. É pela apropriação dos conhecimentos construídos,
sistematizados e socialmente necessários que se cria um nível de consciência
humana que emancipa o sujeito, para que ele possa participar de forma útil e
ativa na construção de seu meio. Quero radicalizar e dizer que, enquanto houver
neste País, uma única criança sem educação adequada, todo o nosso esforço por
uma nação livre terá sido insuficiente. Há de concluir com a nossa perspectiva
que inevitavelmente será justaposto por uma nova geração de comando da política,
projetamos um País sem comprometimento em ações escusas o imperativo político
no momento que enseja a falta de pudor de “nossa” representação eletiva no
Estado brasileiro.
Antônio Scarcela Jorge
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