terça-feira, 14 de maio de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 14 DE MAIO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

POLÍTICOS INCONSEQUENTES

Nobres:
O povo já está percebendo que os políticos especialmente os congressistas estão fabricando ameaças que certamente logo se esvaziam em função da falta de credibilidade a cada ação que está sendo tomada junto às casas do parlamento brasileiro. Exemplos similares nos colocam a “flama” dessas excrescências. Atos são retomados convenientes de um segmento da política que ao prolixo se tornam imutáveis na opinião das frações representativas da nação. Por esta razão requer a construção de uma sociedade equitativa, capaz de garantir a sua intangibilidade e progresso. O nosso tecido político manteve-se desfiado, fragilizado pelo horror das elites à isonomia e à igualdade. Surgiu o inimigo mais recente e chega desembestado, instigado pelos mais desagregadores instintos: - o corporativismo e seus bastardos o casuísmo e o revanchismo - Todas as crises que nesse momento se amontoam na pauta política, institucional, econômica e social estão intoxicadas pela mesma matéria-prima que nos anos 20 do século passado exibia-se gloriosamente como a obra máxima do fascismo italiano. O corporativismo é uma construção medieval atualizada pela mente doentia de um ex-socialista chamado Benito Mussolini, cuja única ambição era reviver a pax romana: acabar com o debate político, a disputa social, a concorrência, o processo eleitoral e os demais instrumentos democráticos. No tapa, à base da truculência e da intimidação. A ofensiva para manietar a Suprema Corte retirando-lhe o principal atributo de intérprete da Constituição, o esforço para emascular o Ministério Público até a pouco tempo a menina dos olhos das forças progressistas, a surpreendente reviravolta no processo eleitoral estrangulando as tentativas de ampliar o espectro ideológico (contrariando os recentes estímulos aos partidos de aluguel) saíram dos mesmos laboratórios. De forma coordenada ou por coincidência, fruto de um único bonapartismo ou de múltiplas jogadas individuais, obra de uma facção política hegemônica ou nivelada pelas piores vocações, o que se descortina no momento é um enorme território igualmente brutalizado pelo retrocesso. O ideal corporativo é um Estado anestesiado, inerte, incapaz de reagir às provocações e perigos. A atual sanha corporativista-revanchista, além de rudimentar, deixa mal a nossa presidente Dilma Rousseff, que há poucas semanas, certamente inspirada por algum adversário de Maquiavel, sugeriu que antes das eleições vale o diabo. Essas correntes sobrepõem às razões e a racionalidade de quem tem o comando outorgado pela soberania popular e vale para os estados e municípios. O Maquiavel considerando antes que não tenha consciência do conceito ideológico, é bem assemelhado - dentre outras - tem um elevado poder de fascínio perante a transitoriedade de seus gestores; apresenta um rosário de planos inconsequente e se sobrepõe a ordem e a sua palavra de mentiras que são fortalecidas pelo seu poder de “encantamento” pela cegueira dos gestores certamente caíram no “conto do bajulador” antes promovendo a discórdia com intuito de se “dar bem”.  
Antônio Scarcela Jorge.

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