domingo, 12 de maio de 2013

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 12 DE MAIO DE 2013



COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

CONSEQUÊNCIAS DA SECA

‘Para instar de uma linguagem simples’

Nobres:
Tornou-se deveras natural que seca no interior cearense ainda não chegou ao fim, mas em muitas regiões choveu bem. Isso, no entanto, não resolve totalmente os problemas da região que ficou sob o flagelo, porque o prejuízo causado à população interiorana, aos municípios e ao Estado do Ceará por ora é incalculável, mas, dentro em breve, será possível se saber o tamanho do desastre. A população se empobreceu; os municípios perderam receita; o comércio no interior pouco funcionou, sofrendo prejuízos inestimáveis; e os bancos reconhecem que ficaram paralisados em função da impossibilidade de realizar transações e empréstimos. Isso não significa, ainda, que a seca chegou ao fim. O rastro do prejuízo ficou. Tão cedo o interior cearense não se recuperará de um flagelo previsível, não somente aqui que centraliza o semiárido regional, mas em todo nordeste. O grande problema agora é o pós-seca que vai deixar um prejuízo imenso para a recuperação desses municípios. Sabe-se que do rebanho o Estado perdeu nada menos até agora o incalculável número de cabeças de gado sem se falar em outras criações que não se tem, ainda, uma estimativa sobre o prejuízo. O problema agora é como repor o rebanho dizimado pela falta de água e de alimentos para os animais. Dá-se o seguinte: no ano passado, o flagelo da seca já estava instalado no semiárido. Acontece que praticamente as primeiras chuvas neste ano estão ocorrendo com densa intensidade neste inicio do mês de maio, com certa imprevisão e os sertanejos já estão respirando aliviados porque elas chegaram, com relativo atraso, mas a tempo e em pequena quantidade. Antes, o pasto estava estorricado nesta região, mas, com as chuvas, novamente o pasto aparentemente ficou verde, e parece se tornar viçoso. De janeiro a abril período normal que qualificamos de “bom inverno”, a chuva praticamente não apareceu e a seca retomou com o sol incandescente destruindo plantações, matando rebanhos e secando aguadas. Os açudes, também atingidos com a pouca reservas nas suas bacias e os pequenos e os barreiros secaram. Com o presumível fim da seca, as sementes ressuscitam apenas uma vez. A situação se agrava com a ausência de crédito para os criadores. O Banco do Nordeste é a única é a instituição financeira que banca o crédito. O lamento é que o semiárido e todo o interior antes da seca que perdura em dois anos consecutivos, chegou atravessar um período de esplendor para os trabalhadores da roça, que tinham emprego, e para os criadores e agricultores que atravessavam tempos de vacas gordas. Essa é a questão sem dúvida alguma mais importante para a economia cearense, cuja industrialização é minúscula e se concentra em Fortaleza e na região metropolitana em comparação com a de outros estados federativos. O governo federal fica na obrigação de encontrar uma fórmula, uma saída, para beneficiar o Estado, uma maneira de garantir financiamento para a recuperação do flagelo, havendo pouca disposição para minimizar os efeitos da seca. - Por outro lado “o Governo do Estado apenas prioriza questões da Copa das Confederações como modelo de empreendimento turístico de brevíssimo tempo e, a sucessão presidencial, onde procura meios de dizer que está atento a se aliar com o presidente. - A seca é questão contemplativa desconhecendo as consequências advindas para economia do Estado”. – O governo do Estado tem além de tudo outro problema para se preocupar. O semiárido cearense pode estar a caminho da desertificação e no sertão dos inhamuns já aparece como área desertificada.   Para que não aconteça, são necessárias medidas urgentes, soluções técnica no sentido que possa instar outro problema de gravíssima proporção, se a tempo, ainda tem solução.
Antônio Scarcela Jorge




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