SCARCELA JORGE
A RAZÃO DO MINISTÉRIO DA CULTURA.
Nobres:
Quando diagnosticamos falta de cultura, dizemos que é
uma questão de educação. Quando clamamos por educação, o problema é a cultura
dos professores e do povo. Sem dúvida, as duas coisas interligam-se e
retroalimentam-se. Antes de serem chamados de direitistas pela anarquia
corrupta do lulismo, graças a Deus, decadente, e prestes a prestar contas com a
justiça. Tivemos, porém, nas últimas décadas, com seus governos democráticos,
um pior esvaziamento da educação. Forças políticas insistem que a cultura deve
ser imediata e popular. O presidente Lula se orgulhava da mãe, que não faz o
“O” com copo. Foram-se dos currículos a geometria, a análise sintática, tudo o
que requeresse pensamento. Porque nem o povo deve pensar, nem os professores estão
estimulados e remunerados para pensar. São condenadas a gramática, as letras
clássicas, a história da Europa e as artes que não sejam de subúrbio. Estamos
mais refratários à “elite branca” do que comprometidos com o futuro da nação? Conseguimos
balançar a hidra do PT. Seus vários pescoços, todavia, ressurgem furiosos
porque Michel Temer não tem popularidade legítima (algum vice teve?) e porque
nem o País quebrado anula a santidade de Dilma. Ou porque existem poucas
mulheres nos novos gabinetes, outros “classificativos sem nenhum conceito. Eis
aí a alienação cultural deste País fútil. Não importam os icebergs, os rombos,
as iniqüidades, os números estratosféricos da ignomínia, nem a possível
salvação da nação náufraga, mas, sim, o desenho dos gabinetes. Antes tivéssemos
um “MEC” lúcido, integrando e fazendo as duas coisas. Estamos a testemunhar
ministérios separados, provavelmente, não por causa de sua eficiência técnica,
mas por eventual distribuição e malversação de verbas. Está isto em nossa
cultura? A tese dos intelectuais lulistas é apressar em prol do roubo, se ainda
existe.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário