MESMO SEM LÍDER DO GOVERNO, TEMER PEDE 'AGILIDADE' À CÂMARA, DIZ GEDDEL.
Presidente
em exercício quer rapidez na votação de MPs que trancam pauta.
Ele se reuniu no Planalto com ministro e líderes de 13 partidos na Câmara.
O novo ministro da Secretaria de Governo, Geddel
Vieira Lima (PMDB-BA), afirmou que o presidente em exercício Michel Temer pediu
aos líderes de 13 partidos na Câmara, durante reunião nesta terça-feira (17) no
Palácio do Planalto, que, mesmo sem ainda ter sido indicado o líder do governo,
"agilizem" a votação de medidas provisórias que trancam a pauta.
Segundo o ministro, o pedido foi motivado pela
expectativa de votação nas próximas semanas da revisão da
meta fiscal, considerada pelo governo "de extrema
importância".
Os deputados foram ao Palácio do Planalto para apresentar a
Temera proposta de indicação do deputado André Moura
(PSC-SE) aliado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para
líder do governo, Geddel Vieira Lima afirmou que não houve a sugestão.
Até a semana passada, o cargo era ocupado pelo
deputado José Guimarães (PT-CE), líder
do governo da presidente afastada Dilma Rousseff.
Segundo Geddel Vieira Lima, responsável pela
interlocução do Executivo com o Congresso Nacional, o novo líder será anunciado
no momento "oportuno".

Cabe ao líder do governo na Câmara se reunir com os
ministros responsáveis pela articulação política, receber orientações sobre o
posicionamento do Executivo em relação a projetos em tramitação e articular,
junto à base aliada, os votos necessários para que a Casa aprove ou rejeite
propostas, conforme o objetivo do Palácio do Planalto.
CPMF e
reforma da Previdência.
Durante a entrevista no Palácio do Planalto nesta
terça, Geddel Vieira Lima também foi questionado sobre como o governo pretende
ter o apoio necessário no Congresso para
aprovar medidas como a recriação da CPMF e a reforma da Previdência Social.
No ano passado, o governo enviou ao Congresso a
previsão de gastos e receitas na lei orçamentária com a previsão de arrecadar
recursos com a CPMF.
Além disso, um grupo de trabalho já foi montado pelo
Executivo com as centrais sindicais para discutir medidas para a Previdência,
que tem um rombo estimado em cerca de R$ 120 bilhões para este ano.
“Sobre a CPMF, não há decisão de governo a respeito
deste tema. Eu já me manifestei afirmando que temos de tocar a econômica pelo
corte de despesas, dando o exemplo à sociedade antes de aumentar tributos.
Temos de enxugar as despesas públicas”, declarou Geddel.
Sobre a reforma da Previdência, Geddel disse que é um
tema de “alta complexidade” e, por isso, Temer “abriu conversa” com as centrais
sindicais e com a base aliada.
'Paciência’
Geddel Vieira Lima aproveitou a entrevista desta
terça, sua primeira à imprensa desde que assumiu a Secretaria de Governo, na
semana passada, para pedir “paciência” porque o novo governo “só tem dois
úteis”.
O ministro acrescentou ter a “impressão”, quando lê os
jornais, de que a gestão de Michel Temer começou há quatro anos.
“Não teve uma transição de 90 dias para que a gente se
preparasse para os desafios que aí estão. O presidente do Banco Central Ilan
Goldfajn foi indicado ontem terça, 17. É um governo que só tem dois dias úteis.
Este é um pedido de paciência para as pessoas que estão nos cobrando
determinadas ações que precisam de um prazo mínimo”, enfatizou.
Fonte: Agência Brasil.
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