SCARCELA JORGE
PÁGINAS ESCURAS DA NOSSA HISTÓRIA.
Nobres:
Sintetizar os fatos para instar as duas fases da nossa
história e que primeiramente “testemunhamos indiretamente” sobre as frustrantes
passagens que nos retoma a história antiga e se converge para o contemporâneo.
Para se instar, condenamos sobre qualquer tipo de tortura, notamos, porém, que
ainda hoje sentimos transtornados ao escutar “gritos” na cadeia pública de
Nova-Russas, (ainda era menino (1966/67) - época do Regime Militar de 1964 - quando
passávamos ocasionalmente diante da Rua Higino Gonçalves Rosa, logradouro em
que nascemos e morávamos, onde os torturadores eram comandados por um Capitão
da PM que exercia na triste e lamentável função de Delegado Especial de
Nova-Russas, cargo em que o regime militar criou em comum com os Estados da
federação brasileira, ordinariamente para associar a tortura e auxiliar do SEI,
onde um simples soldado raso se travestia da mais alta autoridade e senhor da
tortura. Decorridos quase meio século nem queremos saber desses agentes, deu
cabo a seu fim. Andados quase meio século, em conceito, nada mudou, a
subserviência, o roubo, é comum, este fato que estabelece um somatório deste
Brasil permanentemente conturbado, traz em cena a infecta política, uma
confraternal relacional entre União, Estados e Municípios onde segmentos
conseguem se conscientizar e se estende por lamentável episódio referente à
sessão de palhaçada que ensejou a sessão da Câmara dos Deputados que acabou na necessária
aceitação da abertura de impeachment de Dilma Rousseff. Quem nos deu este
triste e lamentável exemplo o deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jair
Bolsonaro. Entre as ridículas justificativas e oferecimentos do voto, alguns
parlamentares chegaram à beira do absurdo e do ridículo. Não do voto a favor,
com o qual literalmente concordamos, mas, sim, pelos oferecimentos de seus
votos. O deputado Jair Bolsonaro, num de seus rompantes de ditador de araque
ofereceu seu voto, nada mais nada menos, que a uma das figuras mais tristes e
bizarras de nossa história recente, referiu-se ao torturador e de triste figura
humana que foi tal de Ustra, foi o agente da tortura a serviço do regime militar
e de infeliz memória. Sim, porque torturador é o pior tipo de covarde. Talvez
só perca para um covarde que se vale da democracia em sua essência para
defender covardes torturadores no parlamento. Injustificável sobre todos os
aspectos, só serve para amenizar os anarquistas pela gatunagem do patrimônio
público deste país.
Antônio
Scarcela Jorge.
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