domingo, 1 de maio de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 1º DE MAIO DE 2016

COMENTÁRIO
SCARCELA JORGE

PÁGINAS ESCURAS DA NOSSA HISTÓRIA.

Nobres:
Sintetizar os fatos para instar as duas fases da nossa história e que primeiramente “testemunhamos indiretamente” sobre as frustrantes passagens que nos retoma a história antiga e se converge para o contemporâneo. Para se instar, condenamos sobre qualquer tipo de tortura, notamos, porém, que ainda hoje sentimos transtornados ao escutar “gritos” na cadeia pública de Nova-Russas, (ainda era menino (1966/67) - época do Regime Militar de 1964 - quando passávamos ocasionalmente diante da Rua Higino Gonçalves Rosa, logradouro em que nascemos e morávamos, onde os torturadores eram comandados por um Capitão da PM que exercia na triste e lamentável função de Delegado Especial de Nova-Russas, cargo em que o regime militar criou em comum com os Estados da federação brasileira, ordinariamente para associar a tortura e auxiliar do SEI, onde um simples soldado raso se travestia da mais alta autoridade e senhor da tortura. Decorridos quase meio século nem queremos saber desses agentes, deu cabo a seu fim. Andados quase meio século, em conceito, nada mudou, a subserviência, o roubo, é comum, este fato que estabelece um somatório deste Brasil permanentemente conturbado, traz em cena a infecta política, uma confraternal relacional entre União, Estados e Municípios onde segmentos conseguem se conscientizar e se estende por lamentável episódio referente à sessão de palhaçada que ensejou a sessão da Câmara dos Deputados que acabou na necessária aceitação da abertura de impeachment de Dilma Rousseff. Quem nos deu este triste e lamentável exemplo o deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro. Entre as ridículas justificativas e oferecimentos do voto, alguns parlamentares chegaram à beira do absurdo e do ridículo. Não do voto a favor, com o qual literalmente concordamos, mas, sim, pelos oferecimentos de seus votos. O deputado Jair Bolsonaro, num de seus rompantes de ditador de araque ofereceu seu voto, nada mais nada menos, que a uma das figuras mais tristes e bizarras de nossa história recente, referiu-se ao torturador e de triste figura humana que foi tal de Ustra, foi o agente da tortura a serviço do regime militar e de infeliz memória. Sim, porque torturador é o pior tipo de covarde. Talvez só perca para um covarde que se vale da democracia em sua essência para defender covardes torturadores no parlamento. Injustificável sobre todos os aspectos, só serve para amenizar os anarquistas pela gatunagem do patrimônio público deste país.
Antônio Scarcela Jorge.

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