SCARCELA JORGE
NO LIMITE DA IRRESPONSABILIDADE.
Nobres:
Não existe nenhuma dúvida que o caráter expelido para
levar o País à bancarrota pela então guerrilheira Dilma Rousseff a tendência
seria implantar a ditadura do proletariado ao lado de Lula, ‘senhor de um
palavrão e dos roubos’ com menosprezo pela sociedade ética que assiste com
intensa perplexidade coisa que jamais se imaginou. Fundamenta-se que a pouco
mais de uma semana de seu possível afastamento temporário do cargo, na hipótese
de se confirmar a tendência observada hoje pela abertura do processo de
impeachment no Senado, a presidente Dilma Rousseff aproveitou as comemorações
do 1º de Maio para acenar com vantagens tanto para brasileiros de menor renda
quanto para os de classe média. Em ato em São Paulo, organizado por centrais
sindicais e movimentos sociais, a presidente confirmou aumento de 9% nos
valores do Bolsa Família para 2016 e de 5% nas tabelas do Imposto de Renda de
pessoas físicas a partir de 2017. São medidas que, embora o Planalto negue,
tendem a agravar as já deterioradas contas públicas, podendo comprometer ainda
mais o atual governo ou o que vier a sucedê-lo. Por mais que estivessem sendo
esperadas e devam ser consideradas justas, providências como as confirmadas no
Dia do Trabalho não podem servir como tentativa de deixar em segundo plano uma
questão central para o país, que é o desemprego elevado. No total, há hoje 11,1
milhões de pessoas procurando uma ocupação. No período de apenas três meses,
nada menos que 2 milhões de brasileiros passaram para a condição de
desempregados. E, em boa parte, o que contribuiu para esse quadro de desalento
para as famílias foi justamente a desorganização das finanças públicas. No
primeiro trimestre, o déficit nas contas do governo central atingiu R$ 18,2
bilhões. Essa fragilidade nos números oficiais desestimula os investimentos do
setor privado e potencializa os riscos de "pacotes de bondades", que
segmentos da oposição preferem denunciar como medidas de desespero. Num momento
político delicado como o que o país enfrenta, não pode haver qualquer espaço
para decisões populistas que ponham em risco a seriedade fiscal. O recado vale
para o atual ou para um eventual próximo governo.
Antônio Scarcela Jorge.
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