JANOT DENUNCIA LULA AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Ex-presidente
foi incluído pela PGR em ação que investiga o senador Delcídio do Amaral.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
ofereceu denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva na Lava Jato. O petista foi incluído no inquérito que
investiga o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS).
A acusação contra Delcídio é de oferecer facilitação
de fuga ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, na tentativa de evitar sua
delação premiada.
A denúncia será analisada pelo ministro Teori
Zavascki, relator da Lava Jato. Ele apresentará seu voto à sua Turma no STF,
composta de outros cinco ministros. Caso os ministros aceitem a denúncia, Lula
vira réu.
Não há data para que ocorra a decisão do STF.
Janot apresentou um aditamento à denúncia, já
oferecida ao STF, contra Delcídio, seu assessor, Diogo Ferreira, o banqueiro
André Esteves e o ex-advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, por tentarem comprar o
silêncio do ex-diretor da estatal. No aditamento, o procurador-geral da
República inclui, além de Lula, o pecuarista Carlos Bumlai e seu filho,
Maurício.
De acordo com Janot, os áudios captados pelo filho de
Cerveró, Bernardo, deram "novos contornos" às investigações. Foi
possível constatar que Lula, Bumlai e Maurício também atuaram na tentativa de
comprar o silêncio de Cerveró "para proteger outros interesses, além
daqueles inerentes a Delcídio e a André Esteves".
O inquérito em questão tramita sob sigilo na Suprema
Corte e, até esta terça-feira, não se sabia da inclusão de Lula no processo. A
denúncia original foi oferecida em dezembro do ano passado ao STF e apura a
tentativa do grupo de embaraçar as investigações da Lava Jato.
Outro
processo.
Janot havia pedido também autorização ao STF para
incluir Lula e os ministros Jaques Wagner, Edinho Silva, e Ricardo Berzoini, no
principal inquérito da Lava Jato.
Além de Lula e dos ministros, são citados os senadores
Jader Barbalho (PMDB-PA) e Delcídio Amaral (ex- PT-MS), e os deputados Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), Eduardo da Fonte (PP-PE), Aguinaldo Ribeiro, André Moura,
Arnaldo Faria de Sá, Altineu Cortês e Manoel Junior, além do ex-ministro
Henrique Eduardo Alves, o assessor da Presidência, Giles de Azevedo, a
ex-ministra Erenice Guerra, o ex-ministro Antonio Palocci, o pecuarista José
Carlos Bumlai, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, o banqueiro
André Esteves, o ex-ministro Silas Rondeau, o empresário Milton Lyra, o lobista
Jorge Luz, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, o ex-presidente da
Petrobras José Sérgio Gabrielli, o doleiro Lucio Bolonha Funaro, Alexandre
Santos, Carlos Willian, João Magalhães, Nelson Bornier e a ex-deputada Solange
Almeida, aliada de Eduardo Cunha.
O inquérito conta atualmente com 39 investigados,
entre parlamentares e operadores do esquema de corrupção da Petrobras. Caso o
ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, aceite o pedido de Janot,
o inquérito passará a ter 69 investigados.
Fonte: Agência Brasil.
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