SUSPEITO DE SER ALIADO AO CRIME
ORGANIZADO (SP).
PT deve decidir sobre
expulsão de deputado Luiz Moura em até 60 dias.
São Paulo – O PT decidirá no
máximo em dois meses se expulsa de seus quadros o deputado estadual de São
Paulo Luiz Moura, acusado de suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital
(PCC). O partido instaurou hoje (2) processo disciplinar após reunião, pela
manhã, da Executiva estadual, em que foi decidido por unanimidade dos membros
presentes decretar a suspensão da filiação partidária do parlamentar. Na
reunião estavam 19 membros dos 22 da Executiva.
Luiz Moura teria sido flagrado
pela Polícia Civil, no último mês de março, numa suposta reunião de membros de
cooperativas de lotações da capital que, segundo as denúncias, tinha a presença
de nove homens acusados de integrar o PCC.
A bancada do partido na
Assembleia Legislativa discutiu o tema em reunião durante a tarde e deve se
manifestar sobre o caso amanhã (3).
Em nota divulgada no início da
noite, o partido reafirmou as informações dadas pelo presidente do partido no
estado de São Paulo, o ex-prefeito de Osasco e ex-deputado estadual Emídio de
Souza. Na nota, além da confirmação da suspensão do parlamentar, o PT diz que
“ao deputado houve garantia do direito de ampla defesa e do contraditório”, de
acordo com o estatuto do partido.
O prazo de 60 dias para a decisão
sobre eventual expulsão decorre do tempo que a legenda levará para averiguar
“tudo o que aconteceu e a procedência das acusações contra ele”, disse Emídio
de Souza. "O final de esse processo disciplinar vai concluir se terá
expulsão ou não. O PT não tem cumplicidade com coisa mal feita."
Com a decisão, Moura fica
impedido de ser candidato. “O PT não dará legenda. Vamos fazer o procedimento
disciplinar que pode resultar em penalidades maiores”, afirmou o presidente
estadual.
Ao final do processo no âmbito da
Executiva, o caso pode ser levado às instâncias superiores, o diretório e o
encontro estadual em 14 de maio. O presidente do PT paulista afirmou não
acreditar que Luiz Moura consiga reverter a decisão de suspender seus direitos
políticos. “Estamos seguros que a decisão vai ser mantida.”
Fonte: Agência Brasil –
SP.
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