COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
O MOMENTO DO POVO BRASILEIRO.
Nobres
O tempo
brasileiro se insta o acordar das multidões num protesto de inconformidade
diante da insustentável condição do trabalhador despido das mais elementares
condições de vida de quem trabalha e produz, ganhou força, consistência e
substância de uma autêntica cruzada de redenção nacional. Esse profundo clamor
dos excluídos se alastrou e dominou literalmente a política que nos governa. É
a mais eloquente expressão do alto nível de insatisfação, da dramática condição
de vida em que se encontra o povo trabalhador, que produz a riqueza para a
sociedade e é esmagado pelo peso de uma carga tributária sobre um miserável
salário. O que se tornou especial é que o movimento não é deflagrado por
partido político nem facções ideológicas na busca do poder, tampouco por motivações
religiosas, fez despertar do político tido como “maquiavélico” padronizado pela
ânsia de enganar a sociedade, se sentir subestimado e que branda ser a
mobilização ‘desprovida de seus atos diabólicos, serem desorganizados e sem
direção. Na realidade o movimento tem como combustível solar a indiferença e a
ausência do Poder Público para a dura e dramática realidade do trabalhador, do
pobre que consegue viver e trabalhar com o miserável salário-mínimo,
determinado e imposto pelo governo. Esse movimento que se desencadeou em nível
nacional por força de seus “flancos naturais”, está cada vez mais, acordando e
mobilizando todos os segmentos da sociedade no sentido de provar que as atuais
estruturas políticas, jurídicas e econômicas estão desatualizadas e fossilizadas.
A democracia verdadeira é o regime de participação, de solidariedade social.
Esse é o paradigma para o qual precisamos a gente empenhar com todos os
recursos disponíveis para alcançá-lo. O movimento se colonizou em todo o
território nacional, exceção dos nossos pequenos municípios que arrota a
regressão por força de seus prefeitos quanto mais “jactar-se” o erário,
compartilhado por forças de atendimento, até de outras esferas constituídas do
Estado estabelecendo correntes do corporativismo e que esmagam a sociedade
infeliz dessas comunidades. Retomando a
temática do comentário em analise dos acontecimentos, a atual democracia terá
que ser repensada. Continua a maioria dos políticos parlamentares que estão lá
pela força do voto, que continue como o pensamento voltado para permanecer no
poder, onde a sociedade agora mais consciente e participativa, também eliminará
da vida pública esses facínoras que hoje ocupam espaço no cenário político
nacional. O Brasil não tolera o artificialismo, a falta de ética e a corrupção
até agora encastelada por figurões conhecidos da sociedade, padronizada pelo
segmento político onde todas as esferas do poder se faz “incômodo” representar
a nação.
Antônio Scarcela
Jorge.
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