– SUCESSÃO PRESIDENCIAL.
DIVIDIDO, PMDB AUMENTA
FATURA PARA APOIAR DILMA.
A dois dias da convenção nacional do partido e após 'rebelião' pelo
racha com o PT, o PMDB caminha para confirmar a reedição da chapa Dilma-Temer.
Faltando apenas dois dias para a
convenção nacional do partido, o PMDB deverá confirmar a reedição da aliança
com o PT, porém, com uma série de exigências à presidente Dilma Rousseff, num
eventual segundo governo em janeiro de 2015. As principais são mais espaço nas
decisões do governo e mais ministérios, os que tenham “apelo popular”.
Peemedebistas citam muitos
exemplos de como tem sido postos de lado nas discussões de governo. Não são
chamados, por exemplo, para reuniões no Alvorada com Lula, Dilma, e o presidente
do PT, Rui Falcão, sobre estratégias de campanha. Em maio, sequer foram
consultados sobre a edição do decreto que regula participação popular.
O presidente da Câmara, deputado
Henrique Alves (RN), deu o tom de como o partido irá posicionar. "Em 2015
queremos um espaço mais justo, que enseje maior colaboração do PMDB e maior
participação nas políticas públicas. As principais pastas estão nas mãos do PT
e são elas também as principais vias para executar políticas públicas. Isso vai
constar da discussão do novo governo", alertou Alves.
Sob o comando do PMDB estão
atualmente cinco ministérios. Mas o partido quer mais. Saúde, Educação e
Cidades, esta última dominada pelo PP, estão entre as mais cobiçadas na conta a
ser entregue à presidente em caso de vitória.
A provável reedição da chapa
Dilma-Michel Temer deve contar, segundo contas de dirigentes peemedebistas
ouvidos pelo Estadão, com ao menos 10% de vantagem na convenção. A previsão de
placar apertado se deve à instabilidade da ala rebelde, que defende a implosão
da aliança devido a conflitos regionais. Uma surpresa não está descartada.
O cenário, porém, já foi pior e
exigiu uma operação encabeçada por Lula e Temer para acalmar os dissidentes. O
alvo principal foi o líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que ao
longo do mandato de Dilma liderou insurreições na Câmara contra o governo. De
algumas semanas para cá, porém, o embate foi sendo amenizado.
Ainda assim, Temer defendeu a
manutenção da aliança. "Disse a todos: para onde vamos? Um partido do
tamanho do PMDB não ter posição no cenário político nacional? Muitos dizem que
em 2018 precisamos ter um candidato nacional. Eu estou de acordo. Mas agora
temos que nos manter como um partido líder no processo de desenvolvimento do
Brasil", afirmou.
Fonte: Agência Brasil.
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