domingo, 8 de junho de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - 'DOMINGO' 08 DE JUNHO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

PELO CONSENSUAL

Nobres:
No momento em que vários segmentos sociais procuram se manifestar em alusão ao descontentamento que fluiu em atenção ao governo brasileiro, por sua ausência de ação aos setores de educação saúde segurança e de locomoção entre os principais centros urbanos do país numa fase inoportuna onde se proclama o ano da Copa do Mundo sediada no Brasil. A geração as discussões são evidentes para esses pleitos acentuando focos direcionais que contempla aos eventos. Por este aspecto, quando se se fala que religião, política e futebol não se discutem. Porém estamos desacordo, porque um debate sempre nos ajuda a construir o conhecimento. Isso, claro, se utilizar à razão e, por conseguinte, os debatedores reconhecerem quando estão errados. Porém, muitos não querem ver “desabarem” suas convicções e perderem algo que lhes dá apoio. O religioso busca na fé um sentido para sua vida. O militante vê apenas no seu partido as soluções para os problemas de um país. O torcedor jamais vai admitir que seu time estivesse inferior ao outro. Deixam-se levar mais pelo lado emocional e, quando questionados, se não têm mais argumentos para se defenderem, podem partir para a violência. No Brasil, de uma forma geral, as pessoas dificilmente discutem suas crenças religiosas, pois basta a palavra do padre ou do pastor para sustentar sua fé. No campo político, guiam-se pela mídia e as pesquisas, não suportam o horário eleitoral e quem se interessa um pouco mais se torna fanático, principalmente pelo partido que lhes satisfaz os interesses pessoais. Até aí, a máxima funciona. Já no futebol, as discussões se espalham por todo o canto. Todos têm sua opinião e vão até as últimas consequências para defender seu time, por exemplo. Nem nessa época de Copa do Mundo entram num consenso, pois cada um tem sua escalação preferida e não nutre a mesma simpatia pelo treinador. Só na hora do apito inicial todos se unem “numa só emoção”. Do mesmo feitio, deixou de ser da elite para se tornar popular e, principalmente, masculino. É o momento de alegria de um lado e o sentimento de perda do outro. Nesse sentido, o futebol é uma metáfora para a vida: às vezes ganhamos, outras perdemos; há solidariedade e há deslealdade; há bondade e há violência; às vezes há jogo limpo, outras vezes há desonestidade; há tristezas e há alegrias; há tolerância e também preconceito; existem times pobres, outros ricos e alguns muito ricos; há baixos salários e há altos salários; erramos, acertamos; brigamos,  fazemos as pazes; batemos e apanhamos. Mas não podemos esquecer: os jogos terminam e se repetem em outros dias, os campeonatos se repetem todos os anos, a Copa do Mundo se repete a cada quatro anos. No entanto, a “copa da vida não tem repetição e é mais real”. Vamos a Copa do Mundo um surreal intransponível ao acalento popular, melhor para interesses de um conjunto de organização internacional sob a batuta de segmentos empresariais, da mídia do capital social custodiado pelo governo que lhe oferecem sede em detrimento a crise social e moral que ora em prova.

Antônio Scarcela Jorge.

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