segunda-feira, 30 de junho de 2014

ELEIÇÕES 2014 - 'ALIANÇAS NOS ESTADOS'

 ALIANÇAS ESTADUAIS
PARTIDOS LANÇAM CHAPAS NEUTRAS CONTRA CONFLITOS

Buscando pressionar ou garantir palanques para aliados nacionais, candidaturas de última hora tomam forma

Brasília Para apaziguar conflitos e garantir palanques para seus presidenciáveis, diferentes partidos decidiram lançar candidaturas de última hora nas eleições estaduais.

Em alguns casos, os "candidatos-tampão" surgem para estancar conflitos entre legendas aliadas no Estado, mas adversárias no plano nacional. Em outros, viram última moeda de negociação nos arranjos locais.

Há casos assim em Estados com Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Goiás. De acordo com a legislação eleitoral, as alianças devem ser formalizadas até hoje. O caso mais recente ocorreu na noite de quinta-feira (26) em Minas. O PSB lançou o ex-deputado Tarcísio Delgado como candidato ao governo do Estado, medida que abriu um palanque à dupla Eduardo Campos e Marina Silva no segundo maior colégio eleitoral do país. Uma ala do partido defendia uma aliança com o PSDB local já no primeiro turno das eleições.

No Rio, por exemplo, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou uma candidatura avulsa ao Senado Federal para abrir um palanque extra para a presidente Dilma.

Na última semana, os dois principais adversários da candidata petista ganharam espaço em chapas encabeçadas por partidos governistas.

O PMDB atraiu o PSDB, de Aécio Neves, e o PT se uniu ao PSB, de Eduardo Campos. "Mesmo sabendo que é uma candidatura difícil, vou para essa tarefa, porque me preocupa muito que não tenha um senador para fazer o palanque da Dilma", afirma. No Espírito Santo, o PT decidiu no domingo passado lançar um deputado estadual como pré-candidato a governador.

A iniciativa visa à formação de uma chapa para que o ex-prefeito de Vitória João Coser (PT) dispute o Senado e dê palanque para Dilma, duas condições que o PMDB, com quem os petistas negociaram, não aceitou.

Em Mato Grosso do Sul, PT e PSDB locais flertaram por meses com uma aliança que enfrentava a oposição das direções nacionais das siglas.

O deputado federal tucano Reinaldo Azambuja, que pretendia concorrer ao Senado em uma chapa encabeçada pelo PT, anunciou no mês passado que disputará o governo.

"A aliança não se sustentaria pelas diferenças que nos separam em nível nacional, e ter um palanque próprio fortalece o Aécio", diz o deputado.

Em Goiás, partidos da base lançaram um novo nome, do PR, como vice do governador Marconi Perillo (PSDB), que tentará reeleição no Estado.

O movimento é uma tentativa de pressionar o PP, que tem o atual vice-governador, a participar de um "chapão" com partidos como PR e PTB nas eleições proporcionais.

Esse clima de "bacanal eleitoral" - definição dada pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB)- tem recebido críticas generalizadas, mas é legal e está garantido pela Constituição. E já foi autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições presidenciais realizadas em 2010.

Fonte: Folhapress.


Nenhum comentário:

Postar um comentário