quinta-feira, 12 de junho de 2014

CORRUPÇÃO NO GOVERNO

 EX-DIRETOR DA PETROBRÁS PAULO ROBERTO COSTA É PRESO DE NOVO PELA PF.

Justiça Federal vê risco de fuga para o exterior; na Suíça, contas com US$ 23 mi atribuídas ao ex-dirigente da estatal são bloqueadas.

RIO - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa foi preso novamente pela Polícia Federal na tarde desta quarta-feira, 19, em sua casa na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A ordem de prisão preventiva foi dada pela 13ª Vara Federal de Curitiba, que viu risco de fuga de Costa para o exterior. O ex-diretor também teve bloqueadas contas na Suíça, que somam US$ 23 milhões.

O bloqueio foi solicitado pelo Ministério Público da Suíça, de acordo com a Justiça Federal no Paraná. O processo no qual são investigadas as relações de Costa com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato em março, foi reencaminhado nesta terça para a 13ª Vara, após análise do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz responsável pelo caso, Sérgio Moro, já agendou três audiências para dar prosseguimento às investigações do caso.

Costa está detido na Superintendência da PF no Rio e será conduzido a Curitiba de avião. A PF ainda não decidiu se usará o avião da corporação ou se vai transportar o ex-diretor da Petrobrás em avião de carreira.

Costa é suspeito de operar um esquema de desvio e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, em parceria com Youssef. Em março, o ex-diretor chegou a ser preso e ficou 59 dias na cadeia, após acusação de estar destruindo provas.

A prisão foi decretada com base em informações enviadas ao Ministério Público Federal pela instituição correspondente na Suíça. De acordo com o MPF, a Suíça encontrou 12 contas bancárias, em cinco bancos, controladas por Paulo Roberto Costa, suas duas filhas, Arianna e Shanni, e dois genros, Marcio e Humberto. As contas estavam em nomes de empresas offshores, mas segundo as autoridades suíças, eram controladas por Costa e seus parentes. A Justiça entendeu que a ocultação, por parte do ex-diretor da Petrobrás, de que possui valores milionários em outro país  indicava risco de fuga.

Em maio, o ex-diretor da Petrobrás foi libertado por determinação do ministro do STF Teori Zavascki, atendendo à solicitação dos advogados de Costa. O ministro argumentou que havia citação, no inquérito, a deputados com foro privilegiado e, portanto, o processo deveria tramitar no Supremo. Em sessão desta terça, o Tribunal entendeu que o processo poderia ser desmembrado, como defendia o juiz Sérgio Moro.

Fonte: Agência Estado.


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