Justiça Federal vê risco de fuga para o exterior;
na Suíça, contas com US$ 23 mi atribuídas ao ex-dirigente da estatal são
bloqueadas.
RIO - O ex-diretor de
Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa foi preso novamente pela Polícia
Federal na tarde desta quarta-feira, 19, em sua casa na Barra da Tijuca, zona
oeste do Rio. A ordem de prisão preventiva foi dada pela 13ª Vara Federal de
Curitiba, que viu risco de fuga de Costa para o exterior. O ex-diretor também
teve bloqueadas contas na Suíça, que somam US$ 23 milhões.
O bloqueio foi solicitado pelo
Ministério Público da Suíça, de acordo com a Justiça Federal no Paraná. O
processo no qual são investigadas as relações de Costa com o doleiro Alberto
Youssef, preso pela Operação Lava Jato em março, foi reencaminhado nesta terça
para a 13ª Vara, após análise do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz
responsável pelo caso, Sérgio Moro, já agendou três audiências para dar
prosseguimento às investigações do caso.
Costa está detido na
Superintendência da PF no Rio e será conduzido a Curitiba de avião. A PF ainda
não decidiu se usará o avião da corporação ou se vai transportar o ex-diretor
da Petrobrás em avião de carreira.
Costa é suspeito de operar um
esquema de desvio e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, em
parceria com Youssef. Em março, o ex-diretor chegou a ser preso e ficou 59 dias
na cadeia, após acusação de estar destruindo provas.
A prisão foi decretada com base
em informações enviadas ao Ministério Público Federal pela instituição
correspondente na Suíça. De acordo com o MPF, a Suíça encontrou 12 contas
bancárias, em cinco bancos, controladas por Paulo Roberto Costa, suas duas
filhas, Arianna e Shanni, e dois genros, Marcio e Humberto. As contas estavam
em nomes de empresas offshores, mas segundo as autoridades suíças, eram
controladas por Costa e seus parentes. A Justiça entendeu que a ocultação, por
parte do ex-diretor da Petrobrás, de que possui valores milionários em outro
país indicava risco de fuga.
Em maio, o ex-diretor da
Petrobrás foi libertado por determinação do ministro do STF Teori Zavascki,
atendendo à solicitação dos advogados de Costa. O ministro argumentou que havia
citação, no inquérito, a deputados com foro privilegiado e, portanto, o
processo deveria tramitar no Supremo. Em sessão desta terça, o Tribunal
entendeu que o processo poderia ser desmembrado, como defendia o juiz Sérgio
Moro.
Fonte: Agência Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário