segunda-feira, 23 de junho de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - SEGUNDA-FEIRA 23 DE JUNHO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

PERSPECTIVA DA SOCIEDADE POLÍTICA.

Nobres:
As eleições de 2014 podem ter outra qualidade democrática se efetivado o fim das contribuições milionárias de empresas para candidatos e partidos, a partir da iniciativa da OAB de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. A ação que já conta com o voto favorável da maioria dos ministros parte do pressuposto de que apenas ao cidadão, que tem o direito de voto, deve ser permitido manifestar seu apoio político na forma de contribuição financeira e não às empresas. Pela maioria das contribuições virem delas, nossa democracia está se tornando um sistema censitário disfarçado. Bem identifica a consequência disto o manifesto “Por Eleições Limpas e Democráticas”, do movimento liderado pela OAB e a CNBB que coleta assinatura por outro sistema político: os candidatos que assim se elegem traem compromissos com seus eleitores, pois defendem os interesses de quem os financiou, causando justa indignação na sociedade. A presidenta Dilma respondeu a esta indignação apresentando ao Congresso Nacional a proposta de realização de um plebiscito para que a população decida qual a reforma política que deseja. O corporativismo dos parlamentares que expressaram acima do sentimento pátrio levou o engavetamento desde então da proposição deixa claro que essa maioria não tem vontade política para democratizar as atuais regras do jogo, consequentemente são partilhados pela corrupção que fazem o veio da vida política da nação. Assim como a das eleições limpas, esta campanha está sendo feita de forma voluntária e militante, com formação política para a cidadania e ampla discussão com a sociedade. Mais uma vez, o movimento social toma a frente para criar uma nova institucionalidade que tenha como alicerce a soberania popular! Sempre foi isto que fez o Brasil avançar e reduzir a distância que separa a cidadania do acesso aos direitos, como os reivindicados no memorável junho de 2013. A esperança nesta proposta é racional para sobrevivência da ética um imperativo da sociedade efetivamente presente.

Antônio Scarcela Jorge.

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