quarta-feira, 11 de junho de 2014

NUNCA SAIU DO GOVERNO

 PMDB APROVA APOIO A DILMA NAS ELEIÇÕES DE OUTUBRO

Votação secreta foi marcada por uma dissidência de quase 41%.

Em votação secreta, marcada por uma dissidência de quase 41%, os delegados peemedebistas presentes na Convenção Nacional realizada nesta terça-feira (10) em Brasília aprovaram a reedição da chapa Dilma-Michel Temer, na coligação PMDB-PT para as eleições presidenciais de 2014. Foram 398 votos (59,13%) a favor e 275 (40,87%) contra. Houve ainda 64 votos brancos, nulos e ausentes, segundo a assessoria do PMDB. Na convenção de 2010, a votação registrou 84,85% de votos favoráveis à escolha de Temer como vice de Dilma.

Embora o discurso do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (RJ), tenha sido de apoio a Dilma, sabe-se que a bancada fluminense votou contra a coligação, a exemplo dos parlamentares gaúchos e paranaenses. Isso, na verdade, mostra que Pezão ou é cínico, irônico, ou debochado. Pezão parece ter esquecido o almoço oferecido pelo PMDB fluminense ao candidato Aécio Neves, quando foi fechado o apoio ao tucano com a presença de todos os parlamentares que detêm a maioria dos votos. Pezão quer fazer o eleitor de bobo ou de 'otário'.

Já em seu discurso, Michel Temer destacou a vitalidade dos peemedebistas: “quero não apenas agradecer, mas revelar aquilo que se vê fisicamente neste auditório: o PMDB é essa força extraordinária”. "Desde ontem eu estou sensibilizado, em nome do PMDB, pelo apoio carinhoso, não é apenas o apoio político, mas o apoio fraterno, no sentido que sustentou a revolução francesa", afirmou.

Para Temer, o PMDB garantiu a grande evolução social do país, “por isso que nós estamos nos habilitando para continuar esta coalizão, que será muito útil para o país”. “O Brasil continuará se desenvolver por conta dessa aliança e abrindo espaço para que o PMDB ocupe todos os espaços políticos neste país”, disse.

E concluiu: “não quero aplausos para mim, quero aplausos para o maior partido do Brasil, que é o PMDB”.

O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), ressaltou a importância da manutenção da chapa Temer-Dilma e da coerência do Partido. “Quero falar apenas com a autoridade, não de presidente da Câmara, mas com a autoridade de quem, desde os vinte anos segura a bandeira do Partido. O PMDB é uma legenda que sempre teve uma divisão democrática das bancadas. Mas essa divisão jamais ameaçou a coerência, a unidade do Partido”, atentou.

Henrique, que no Rio Grande do Norte é pré-candidato ao governo estadual, defendeu a reedição da chapa Temer-Dilma independentemente das realidades locais. “No estado temos claras divergências com o PT estadual. Lá o PT não nos apoia, no entanto, eu jamais colocaria minha coerência, minha história à frente da história do PMDB. Minha luta não pode ser sua derrota. Vou votar pela força, pelo passado e pelo futuro: Michel Temer para vice-presidente da República”, disse.

Em sua intervenção, Henrique lembrou que Michel Temer foi três vezes presidente da Câmara e um líder que conseguiu unir o Partido. “Somos um Partido que não se apequena, não se esgarça. Aqui está em jogo a imagem do maior partido do país. Para isso continuar clamo por um jogo transparente. Leal é votar em uma coligação que mais importante do que todas as coisas, tem Michel Temer em seus quadros. O radicalismo não pode ser nossa marca”, observou.

Já o presidente da legenda, senador Valdir Raupp (RO), analisou o atual cenário político e a importância do papel desempenhado pelo PMDB no desenvolvimento do país. “É com grande alegria que conversamos sobre as propostas do PMDB. Hoje nesta Convenção vejo que o PMDB está bastante mobilizado para reeditar a chapa Michel Temer e Dilma Rousseff na disputa aos cargos de vice-presidente e presidente da República, respectivamente”.

Na avaliação de Raupp, o Brasil vive um momento de grande esperança, com uma inclusão social sem precedentes. “Os que antes eram excluídos, hoje estão incluídos em uma grande classe média. Uma realidade que o PMDB ajudou a fortalecer nos últimos anos. Nosso Partido apoiou cada etapa da fase desenvolvimentista do Brasil. Garantimos a governabilidade do Executivo, especialmente as ações em prol da saúde e da educação. O PMDB tem se emanado na consolidação da democracia ao apoiar votações importantes como a lei que destina royalties do petróleo para educação”, lembrou.

De acordo com Raupp, para seguir contribuindo com o crescimento do país é preciso que o Partido reflita sobre um projeto de desenvolvimento social. “Convocamos a militância, os integrantes dos Núcleos do nosso Partido, vereadores, prefeitos e parlamentares a participarem da concepção das propostas que irão compor o programa de governo a ser apresentado pelo PMDB ao PT. O documento será incluído no programa da chapa PMDB-PT”, disse.

Entre os projetos apresentados pelo PMDB está a adoção de uma escola integral para todas as crianças até 10 anos, a destinação de 10% da renda pública para a saúde, a ampliação da logística de infraestrutura para diminuir o preço dos nossos produtos nos mercados externo e interno. Além disso, o rol de propostas tem ainda a defesa permanente da liberdade de expressão e de pensamento além de uma reforma política ampla compatível com as aspirações populares. Raupp destacou que será incluído também as sugestões apresentadas durante a Convenção pelo senador Roberto Requião (PR), pelos Núcleos e pela militância.

Sobre o pleito de 2014, Raupp destacou que o PMDB, já com o maior número de prefeitos, vice-prefeito e vereadores, deve ter este ano cerca de 20 candidatos aos governos estaduais. “O PMDB terá candidatos em todos os estados. Essa grande caminhada começa agora com esta Convenção. Viva o PMDB!”, comemorou.

Em seu discurso, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (RJ), afirmou que o PMDB mais uma vez reforça seu papel como condutor da democracia. “Somos um Partido com força e vigor. Nosso compromisso democrático é pela continuidade de governo. Nesse sentido, é fundamental a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Sabemos que esse partido, que é o maior partido do país, e que em 2018 vai fazer o presidente da República para governarmos".

Fonte: Agência Estado.




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