A BELA VITÓRIA ITALIANA
NA COPA ESPETACULAR ATÉ AQUI QUE VAI CALANDO OS SAUDOSISTAS
Manaus testemunhou mais um belo
jogo do Mundial no Brasil. Alto nível técnico e tático. De surpreendente intensidade
para tanto calor e umidade.
Mesmo assim, o estilo italiano
foi beneficiado pelo contexto. Time com setores mais próximos na execução do
4-1-4-1, valorizando a posse de bola. Poupando energias e também a defesa
improvisada sem Buffon e De Sciglio que obrigou Prandelli a deslocar Chiellini
para a lateral esquerda.
A Inglaterra tentou explorar os
problemas da Azzurra acelerando o jogo com Sterling como meio central do
4-2-3-1, jogando Rooney para o lado esquerdo, Welbeck à direita e se
aproximando de Sturridge. Johnson e Baines apoiando alternadamente e Gerrard
disputando com Pirlo o controle do jogo no meio-campo.
Perdeu. O italiano sobrou como o
melhor da partida. Não como o regista armando de trás, mas uma meia que em
vários momentos foi o jogador mais avançado do time, à frente até de Balotelli.
Genialidade no corta-luz para o chute preciso de Marchisio. Principal
responsável pelos 57% de posse de bola que ficou acima de 60% em boa parte do
jogo.
A Inglaterra empatou com
velocidade. E com Rooney, que produziu pouco pela esquerda, mais longe da meta
de Sirigu. Porém teve "punch" e talento para entrar às costas do
jovem Darmian e servir Sturridge, que se antecipou ao hesitante Paletta.
Disputa equilibrada, com boas
oportunidades que fizeram Hart e, principalmente, Sirigu trabalharem. 18
finalizações inglesas e 12 italianas - mas só cinco na direção da meta para o
time de Roy Hodgson. Seis da Azzurra.
A diferença foi o centro de
Candreva na cabeça de Balotelli. Com a vantagem, a Itália ganhou vigor no
meio-campo com Thiago Motta no lugar de Verratti e velocidade na frente com
Immobile e Parole nas vagas dos exaustos Balotelli e Candreva. Marcação e
contragolpes nos minutos finais.
Seguraram a Inglaterra que
renovou o fôlego com Wilshere, Barkley e Lallana substituindo Henderson,
Welbeck e Sturridge. Rooney foi para o centro de ataque quando o time passou a
jogar bolas na área. Difícil entender. Mesmo assim, o empate não seria nenhum
absurdo. Mas a Azzurra mostrou que é time mais pronto, maduro. Também parece
sempre mais forte em momentos decisivos de Copa do Mundo.
Torneio que nem teve a estreia de
Cristiano Ronaldo e Messi e já empolga, com média de 3,7 gols por jogo. Também
cala os saudosistas que desdenham o futebol jogado no planeta que até aqui encanta
em campos brasileiros.
Fonte: Reuters.
Nenhum comentário:
Postar um comentário