CANDIDATO A GOVERNADOR
EUNÍCIO OLIVEIRA TEM O SEU NOME HOMOLOGADO
A convenção do PMDB reuniu as principais lideranças do partido e mais as
dos aliados PSDB e PR cearenses
O senador Eunício Oliveira
(PMDB), candidato ao Governo do Estado, foi duro em suas palavras, ontem,
durante a convenção que homologou o seu nome como o postulante ao cargo.
Fazendo ataques a atual gestão, o parlamentar apontou falhas no atual Governo e
disse que as áreas de Segurança e Saúde públicas darão o tom da disputa
eleitoral no Ceará.
Declaradamente insatisfeito com
as últimas movimentações em busca de apoios por parte da aliança governista, o
candidato do PMDB, ao lado de Tasso Jereissati (PSDB) e outras lideranças
tucanas, disse que a coligação de Cid tentou isolá-lo para ganhar a eleição.
Ele ressaltou ainda que algumas lideranças queriam intrigá-lo com a presidente
Dilma Rousseff, mas ressaltou que vai votar na petista.
Ele iniciou seu pronunciamento
agradecendo aos partidos aliados, assim como os presentes que foram participar
do evento. O senador afirmou que o Ceará quer diálogo com seus governantes, o
que não estaria acontecendo no Governo atual. "As pessoas não querem saber
de má educação, de xingamentos", disse, ao lado do candidato a
vice-governador, Roberto Pessoa.
"O povo não aguenta mais.
Quem não viu o passado, não vê o presente, e muito menos o futuro. Eu durmo e
acordo todo dia com a preocupação de não decepcionar os eleitores cearenses.
Ele destacou algumas leis de sua autoria, e prometeu dialogar e trabalhar para
o povo. Segundo o candidato, a Saúde "está muito ruim", com o Ceará
na penúltima posição no Nordeste, sendo melhor apenas do que a Paraíba.
Desperdício
Na Segurança Pública, ele citou
que foram investidos milhões, mas ainda assim, a criminalidade aumentou em
184%. "No passado, sequer estávamos entre as cidades mais violentas, e
hoje temos vergonha de saber que Fortaleza é a sétima mais violenta",
atacou. Ele citou a política de segurança implantada em Pernambuco pelo
ex-governador e atual candidato à Presidência, Eduardo Campos, que com menos
investimento, conseguiu reduzir em 26% a violência no Estado vizinho.
Nem os avanços na Educação
Eunício creditou ao Governo Cid Gomes, pois, conforme disse, a melhoria na
qualidade da área se deu no ensino fundamental, que é gerido pelas prefeituras,
e não pelo Governo do Estado. O Acquário Ceará foi outro ponto tratado por ele
como de desperdício de dinheiro público. De acordo com o peemedebista, será
investido mais de R$ 1 bilhão no equipamento para "alimentar a vaidade
daqueles que não têm compromisso com o povo".
Ele disse, porém, que o que tiver
bom irá preservar, mas irá mudar aquilo que necessitar de alteração.
"Vamos reviver momentos alegres, momentos felizes", disse. Em
entrevista coletiva, o candidato deixou claro que o palanque de sua candidatura
será aberto para todos os partidos, uma vez que, segundo ele, a legislação
garante isso. Eunício Oliveira chegou a dizer que vai votar na presidente Dilma
Rousseff, destacando que há quem queira intrigá-lo com a chefe do Poder
Executivo Federal.
O peemedebista confessou ainda
que não houve diálogo sobre os problemas do Ceará, entre Cid Gomes e o PMDB,
durante o segundo Governo cidista. "Nós não discutimos o Ceará. No
primeiro Governo houve diálogo, mas no segundo isso desapareceu. Nós somos o
maior partido do Brasil, e eles tentaram nos esmagar e nos isolar", disse.
Eunício ainda destacou que muitas
das obras empreendidas no Ceará ao longo dos anos só forma possíveis graças ao
seu empenho junto ao Senado Federal, como a Transposição do Rio São Francisco,
Transnordestina, reforma e construção de estradas e outros. "Pegue o
histórico para você ver o que eu fiz pela história desse Estado no Senado e na
Câmara", apontou.
Adesões
O presidente interino do PMDB,
Gaudêncio Lucena, disse que até o fim do prazo para as convenções outras
legendas poderão se aliar à chapa encabeçada pelo PMDB, visto que ficaram
insatisfeitas com a indicação, de última hora, do nome de Camilo Santana (PT)
para o Governo do Estado na coligação adversária. Vice-prefeito de Fortaleza,
Lucena disse que permanecerá em seu cargo, mas ressaltou que caso continue
havendo "conchavo" com o adversário terá que se retirar.
"Só posso sair em caso de
morte ou renúncia. Renunciar eu não quero e morrer não pretendo", disse o
peemedebista que não poupou críticas a Ciro Gomes. "Ele é uma figurinha
que quer entrar no álbum e ainda não colou. Nos últimos anos ele tem se
limitado a grosserias e arrogâncias e tem que cuidar da Saúde ao invés de fazer
politicagem", enfatizou.
Fonte: DN.
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