quinta-feira, 12 de junho de 2014

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA 12 DE JUNHO DE 2014

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.

POLÍTICOS CORRUPTOS E OS CORRUPTORES.

Nobres:
Vamos pelo menos confiar na crença na política e por objetivo, não sejamos céticos. Poderemos consertar o que está errado. É humano e compreensível que pessoas revoltadas com o comportamento de seus representantes no poder resvalem para a generalização, afirmando que todos os políticos são inconfiáveis. Este conceito, porém, carrega no seu bojo uma contradição: os políticos, queiramos ou não, somos nós. Eles não vêm de outro planeta. Saem dos setores organizados da sociedade, chegam ao poder pela autorização explícita de contingentes de eleitores numerosos o suficiente para diferenciá-los dos demais postulantes da mandatos. No máximo, podemos dizer, sem cair em grande contradição, que a política corrompe porque a sociedade tolera. Em primeiro lugar, não há corrupção sem corruptores e então, a responsabilidade não pode ser atribuída apenas aos políticos. A pergunta que se impõe é: o que os cidadãos podem fazer para impedir a deformação da política? Numa democracia, podem muito, cidadãos bem informados e partícipes têm poder para fiscalizar e depurar a política, colocando nos postos de comando da administração pessoas íntegras e comprometidas com a sociedade. Se não acreditarmos que essas pessoas existem, estamos duvidando de nós mesmos. A descrença na política pode ter esse viés positivo de aumentar a massa crítica da população, de levar a indignação para as ruas e de criar uma cultura de acompanhamento e controle da representação. Em vez de revolta contra o voto obrigatório, que é uma determinação constitucional, o mais sensato talvez seja transformá-lo na prática em voto meritório, de forma que contemple apenas candidatos sobre os quais não paire qualquer dúvida em relação à integridade, à honestidade e à vontade de efetivamente trabalhar pelo município, estado e o país e, quanto antes à seleção começar, mais acertos se terá. Sempre haverá enganos e traições, mas a mesma democracia que possibilita tais desvios oferece igualmente remédios para corrigi-los. O país tem jeito, sim. Basta lembrar que já não se pode mais contar nos dedos de uma mão os políticos que perderam mandatos, cargos e até a liberdade por terem traído a confiança da população. O caminho é que o eleitor no exercício soberano através do voto seja o responsável maior para escolher o que presta e que seja de bem para servir o país e o estado. Quanto ao município seja fundamental na preferência de probos para lhe bem representar deixando de lado a compra e venda de votos, como único e (in) fiel dessas atitudes.

Antônio Scarcela Jorge.

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