sábado, 28 de junho de 2014

"DE OLHO NO HORÁRIO ELEITORAL" - NEGÓCIOS & NEGOCIATAS

 POR UM MINUTO DE TV A MAISPARA PADILHA, PT VOLTA A APERTAR A MÃO DE MALUF.


Pouco mais de um minuto a mais no horário eleitoral gratuito. Esta é a principal razão pela qual o PT repetiu o gesto de dois anos atrás e voltou a apertar a mão do antigo rival Paulo Maluf (PP).

Durante a cerimônia, Padilha estava visivelmente mais à vontade do que o prefeito Fernando Haddad, que em 2012 precisou trocar um aperto de mãos com o até então histórico rival do PT para obter seu apoio.


Ao contrário do que fez há dois anos com Lula e Fernando Haddad, agora Maluf não fez questão que o estafe petista fosse até sua mansão nos Jardins, área nobre da capital paulista, para selar a união. O encontro que oficializou o apoio do PP de Maluf a Padilha foi realizado na Assembleia Legislativa do Estado e reuniu várias lideranças dos dois partidos.

A mudança de cenário agradou o PT: quando questionados sobre a aliança com Maluf, o ex-ministro e lideranças petistas repetem que não se pode "fulanizar" a política e argumentam que o apoio do PP em São Paulo é coerente com o arco de alianças que sustentam o governo de Dilma Rousseff no plano nacional.

Para a campanha petista, os cerca de 1m15s que o PP agregará ao tempo de televisão de Padilha são preciosos porque a coligação deve passar a ter mais tempo de televisão do que a de Geraldo Alckmin (PSDB). Até por estão razão, os tucanos também buscaram o apoio de Maluf, mas foram preteridos.

Outro motivo que leva o PT a priorizar o tempo de TV e colocar questões programáticas em segundo plano é o fato de Padilha, a exemplo de Haddad, ser um desconhecido entre o eleitorado paulista.
A escolha deve trazer consequências. A primeira delas é o descontentamento da militância petista e do conjunto do eleitorado.

Em 2012, pesquisa Datafolha mostrou que 64% dos eleitores condenaram a aproximação entre os antigos inimigos. Entre os eleitores petistas, o percentual era praticamente o mesmo, 62%. Na época, aliança provocou uma grande baixa na campanha de Haddad, a saída da deputada federal Luíza Erundina (PSB-SP), que era vice na chapa.

Outra consequência do apoio é a distribuição de pastas e cargos aos pepistas, no caso de uma vitória de Padilha.
Fonte: Folhapress.

Nenhum comentário:

Postar um comentário