Pouco mais de um minuto a mais no horário eleitoral gratuito. Esta é a
principal razão pela qual o PT repetiu o gesto de dois anos atrás e voltou a
apertar a mão do antigo rival Paulo Maluf (PP).
Durante a cerimônia, Padilha estava visivelmente mais à vontade do que o prefeito Fernando Haddad, que em 2012 precisou trocar um
aperto de mãos com o até então histórico rival do PT para obter seu apoio.
Ao contrário do que fez há dois anos com Lula e
Fernando Haddad, agora Maluf não fez questão que
o estafe petista fosse até sua mansão nos Jardins, área nobre da capital
paulista, para selar a união. O encontro que oficializou o apoio do PP de Maluf
a Padilha foi realizado na Assembleia Legislativa do Estado e reuniu várias
lideranças dos dois partidos.
A mudança de cenário agradou o
PT: quando questionados sobre a aliança com Maluf, o ex-ministro e lideranças
petistas repetem que não se pode "fulanizar" a política e argumentam
que o apoio do PP em São Paulo é coerente com o arco de alianças que sustentam
o governo de Dilma Rousseff no plano nacional.
Para a campanha petista, os cerca
de 1m15s que o PP agregará ao tempo de televisão de Padilha são preciosos
porque a coligação deve passar a ter mais tempo de televisão do que a de
Geraldo Alckmin (PSDB). Até por estão razão, os tucanos também buscaram o apoio
de Maluf, mas foram preteridos.
Outro motivo que leva o PT a
priorizar o tempo de TV e colocar questões programáticas em segundo plano é o
fato de Padilha, a exemplo de Haddad, ser um desconhecido entre o eleitorado
paulista.
A escolha deve trazer consequências. A primeira delas é o descontentamento da
militância petista e do conjunto do eleitorado.
Em 2012, pesquisa Datafolha mostrou que 64% dos eleitores
condenaram a aproximação entre os antigos inimigos. Entre os eleitores petistas, o percentual era praticamente o mesmo,
62%. Na época, aliança provocou uma grande baixa na campanha de Haddad, a saída da deputada federal Luíza Erundina (PSB-SP),
que era vice na chapa.
Outra consequência do apoio é a
distribuição de pastas e cargos aos pepistas, no caso de uma vitória de
Padilha.
Fonte: Folhapress.
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