METADE DAS PROMESSAS DE DILMA ESTÃO
NO PAPEL.
Presidente Dilma Rousseff inicia
segunda metade do seu mandato com muitos projetos ainda nas gavetas Diário SP Com
a popularidade recorde, a presidente Dilma Rousseff inicia nesta terça-feira a
segunda metade do seu mandato com muito ainda por fazer. Os gargalos na
infraestrutura e o baixo crescimento econômico foram alguns dos problemas de
Dilma, apresentada ao país como a gerente do popular governo Lula. O combate à
miséria e a manutenção das taxas de emprego são os pontos mais fortes. Um levantamento das 46 promessas mensuráveis
contidas no texto “Os 13 compromissos programáticos de Dilma Rousseff para
debate na sociedade brasileira” mostra que pelo menos metade está longe de sair
do papel. Analisadas uma a uma, pode-se dizer que 24 promessas caminham em
ritmo lento e 22 estão em ritmo bom. Entre as dez mais importantes, seja pela
ênfase dedicada a elas durante a campanha ou por seu impacto social, a maioria
está longe de ser cumprida. A lista das que caminham bem é encabeçada pelas
duas medidas que Dilma disse, em seu discurso da vitória, ser seu compromisso
fundamental: erradicar a miséria e criar oportunidades de emprego para todos. Os problemas estão em temas como as reformas
política e tributária, obras de infraestrutura, manutenção de um ritmo
acelerado de crescimento econômico, ampliação de creches e de
universidades e expansão dos programas de saúde. Os avanços nesses temas
têm sido abaixo do esperado. Algumas promessas foram abandonadas. Os casos mais
exemplares são os das duas reformas citadas acima. Apesar da reiterada promessa de expandir os
níveis de crescimento e ampliar o investimento, o desempenho da economia foi muito aquém do esperado. Com 2,7% de crescimento em 2011 e,
provavelmente, cerca de 1% em 2012, este será o pior primeiro biênio de um
governo desde Fernando Collor. A taxa de investimento também caiu nos dois
primeiros anos e a inflação foi mantida nos limites, acima do centro da meta. Logística, educação e saúde são os grandes
gargalos do governo petista. Na logística, a situação também está aquém
do esperado. Apesar das promessas de que o PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento) eliminaria os gargalos que limitam o crescimento, o governo
reconhece que o ritmo da execução das obras logísticas foi baixo. Diante da
dificuldade do poder público para tocar obras, as grandes medidas para o setor
acabaram sendo os anúncios de concessão de rodovias, ferrovias, portos e
aeroportos à iniciativa privada. Na educação, a medida mais visível foi a
criação do programa Ciência sem Fronteiras, que vem levando milhares de
estudantes brasileiros para o exterior. As promessas de expansão de
universidades, institutos de tecnologia e, principalmente, creches e quadras
cobertas estão distantes dos números citados na campanha. Até agora, foram
entregues 20 das seis mil creches prometidas. Segundo o governo, há 1.256 em
construção e 506 em licitação. Em relação às quadras cobertas, foram
aprovadas 4.245 obras, mas o ministério não informa quantas estão concluídas,
em construção ou em licitação. As propostas de expansão dos programas na saúde,
como a promessa de construir oito mil UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e 500
UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), estão atrasadas.
Fonte: Dia a Dia SP.
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