segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

SEM CONSISTÊNCIA



METADE DAS PROMESSAS DE DILMA ESTÃO NO PAPEL.

Presidente Dilma Rousseff inicia segunda metade do seu mandato com muitos projetos ainda nas gavetas Diário SP Com a popularidade recorde, a presidente Dilma Rousseff inicia nesta terça-feira a segunda metade do seu mandato com muito ainda por fazer. Os gargalos na infraestrutura e o baixo crescimento econômico foram alguns dos problemas de Dilma, apresentada ao país como a gerente do popular governo Lula. O combate à miséria e a manutenção das taxas de emprego são os pontos mais fortes.  Um levantamento das 46 promessas mensuráveis contidas no texto “Os 13 compromissos programáticos de Dilma Rousseff para debate na sociedade brasileira” mostra que pelo menos metade está longe de sair do papel. Analisadas uma a uma, pode-se dizer que 24 promessas caminham em ritmo lento e 22 estão em ritmo bom. Entre as dez mais importantes, seja pela ênfase dedicada a elas durante a campanha ou por seu impacto social, a maioria está longe de ser cumprida. A lista das que caminham bem é encabeçada pelas duas medidas que Dilma disse, em seu discurso da vitória, ser seu compromisso fundamental: erradicar a miséria e criar oportunidades de emprego para todos. Os problemas estão em temas como as reformas política e tributária, obras de infraestrutura, manutenção de um ritmo acelerado de crescimento econômico,  ampliação de creches e de universidades e expansão dos programas de saúde. Os avanços  nesses temas têm sido abaixo do esperado. Algumas promessas foram abandonadas. Os casos mais exemplares são os das duas reformas citadas acima.  Apesar da reiterada promessa de expandir os níveis de crescimento e ampliar o investimento, o desempenho da economia foi muito aquém do esperado. Com 2,7% de crescimento em 2011 e, provavelmente, cerca de 1% em 2012, este será o pior primeiro biênio de um governo desde Fernando Collor. A taxa de investimento também caiu nos dois primeiros anos e a inflação foi mantida nos limites, acima do centro da meta. Logística, educação e saúde são os grandes gargalos do governo petista. Na logística, a situação também está aquém do esperado. Apesar das promessas de que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) eliminaria os gargalos que limitam o crescimento, o governo reconhece que o ritmo da execução das obras logísticas foi baixo. Diante da dificuldade do poder público para tocar obras, as grandes medidas para o setor acabaram sendo os anúncios de concessão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos à iniciativa privada. Na educação, a medida mais visível foi a criação do programa Ciência sem Fronteiras, que vem levando milhares de estudantes brasileiros para o exterior. As promessas de expansão de universidades, institutos de tecnologia e, principalmente, creches e quadras cobertas estão distantes dos números citados na campanha. Até agora, foram entregues 20 das seis mil creches prometidas. Segundo o governo, há 1.256 em construção  e 506 em licitação. Em relação às quadras cobertas, foram aprovadas 4.245 obras, mas o ministério não informa quantas estão concluídas, em construção ou em licitação. As propostas de expansão dos programas na saúde, como a promessa de construir oito mil UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e 500 UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), estão atrasadas.
 
Fonte: Dia a Dia SP.


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