COMENTÁRIO
FEMININO GRAMATICAL
Nobres:
O presente comentário não é um
enquadramento retórico de temas que fazem a contingência dos fatos produzidos
pela política que insistentemente nodoam a conduta desse segmento. Contanto as
últimas notícias nos dá notabilidade no campo político internacional
concernente ao tratamento cerimonioso concedido à nossa Presidente Dilma
Rousseff - Chefe de Estado Brasileiro - por ocasião de uma recente reunião de cúpula
dos organismos internacionais e, como de praxe, foi a ela, distinguida à
patente de general. Deixando o honrado mérito proclamou um dos nossos leitores
a chamou de generala: isso, no sentido figurado, como deve ser
tratado. – Imagino! - Sei que o assunto faz paixões aflorarem, e quase sempre
tentamos decidi-lo na base do “está errado” ou do “está certo”. Vamos com
calma. O princípio básico para quem estuda língua é jamais divorciá-la da
sociedade. Dependendo das mudanças na sociedade, haverá mudanças na língua,
algumas mais, outras menos perceptíveis. Mas sempre haverá. Um exemplo bem
simples: o internetês, data de pouco tempo, pois era impossível existir antes
da internet. É claro. O mesmo raciocínio deve ser usado para compreendermos a
entrada feminina presidenta, coronela e generala no português. Observação: não
sei se as Forças Armadas adotam essas flexões. Dada a ascensão da mulher a
postos de comando antes exercidos apenas por homens, era de se esperar que esse
fenômeno histórico, cultural e social impactasse as flexões de gênero. Não se
trata de uma questão nova, aliás. No começo do século 19, já tínhamos o
registro de “capitoa”, que depois virou “capitã”. Analogamente, “alemoa” passou
para “alemã”. O novo status do gênero feminino (da mulher) está mudando o
gênero feminino (gramatical). Para quem
não gosta da palavra “presidenta” é só não usar, pois existe “presidente”. Os
aliados da presidente Dilma, que são numerosos, não têm essa opção. Hoje, um
monte de gente que a chamava de poste; lembram? - prefere presidenta mesmo
“querida chefa presidenta”. Tenho dito.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário