terça-feira, 25 de dezembro de 2012

COMENTÁRIO - 25.12.2012



COMENTÁRIO

FEMININO GRAMATICAL

Nobres:
O presente comentário não é um enquadramento retórico de temas que fazem a contingência dos fatos produzidos pela política que insistentemente nodoam a conduta desse segmento. Contanto as últimas notícias nos dá notabilidade no campo político internacional concernente ao tratamento cerimonioso concedido à nossa Presidente Dilma Rousseff  - Chefe de Estado Brasileiro -  por ocasião de uma recente reunião de cúpula dos organismos internacionais e, como de praxe, foi a ela, distinguida à patente de general. Deixando o honrado mérito proclamou um dos nossos leitores a  chamou de generala:  isso, no sentido figurado, como deve ser tratado. – Imagino! - Sei que o assunto faz paixões aflorarem, e quase sempre tentamos decidi-lo na base do “está errado” ou do “está certo”. Vamos com calma. O princípio básico para quem estuda língua é jamais divorciá-la da sociedade. Dependendo das mudanças na sociedade, haverá mudanças na língua, algumas mais, outras menos perceptíveis. Mas sempre haverá. Um exemplo bem simples: o internetês, data de pouco tempo, pois era impossível existir antes da internet. É claro. O mesmo raciocínio deve ser usado para compreendermos a entrada feminina presidenta, coronela e generala no português. Observação: não sei se as Forças Armadas adotam essas flexões. Dada a ascensão da mulher a postos de comando antes exercidos apenas por homens, era de se esperar que esse fenômeno histórico, cultural e social impactasse as flexões de gênero. Não se trata de uma questão nova, aliás. No começo do século 19, já tínhamos o registro de “capitoa”, que depois virou “capitã”. Analogamente, “alemoa” passou para “alemã”. O novo status do gênero feminino (da mulher) está mudando o gênero feminino (gramatical).  Para quem não gosta da palavra “presidenta” é só não usar, pois existe “presidente”. Os aliados da presidente Dilma, que são numerosos, não têm essa opção. Hoje, um monte de gente que a chamava de poste; lembram? - prefere presidenta mesmo “querida chefa presidenta”. Tenho dito.
Antônio Scarcela Jorge. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário