quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

COMENTÁRIOS E REPORTAGENS - 13 DE DEZEMBRO DE 2012



COMENTÁRIO
 
BEM ACIMA DOS   INTERESSES POLÍTICOS

Nobres:
O espetáculo político do país através das principais legendas partidárias onde algumas de suas personalidades se candidataram ao título de campeão da decência. Quando a sociedade arrazoava que o PT quanto oposição ostentava em suas hortes os “guardiões da ética, toda cúpula naufragou com raríssima exceção”. Aí foi julgado pelo STF - o “mensalão”-  vindo oferecer um pitoresco flagrante da decomposição moral dos segmentos corruptos da base aliada do primeiro governo Lula. Em segundo “capítulo” serão julgados por Cortes do judiciário “os mensalões tucanos” que se comportaram de maneira rigorosamente idêntica. É oportuno lembrar que também o DEM também veio em cena através da espetacular desmoralização do seu parlamentar modelo, o ex-senador Demóstenes Torres, cassado por seus Pares do Senado, ele que se portou como office-boy de luxo do contraventor Carlos Cachoeira, saído recentemente por duas vezes: - “incrível a situação momentânea que passa algumas instâncias da Justiça, cujas ações praticam intermináveis indecisões estabelecendo um emaranhado de desencontro, que nem mesmo à sociedade sabe distinguir”. – esse dentre outros rumorosos casos que empanou a triste história da corrupção em nosso país. Tais fatos vêm incisivamente instar: - Naquela época não muito distante diante dos fatos que envolviam a oposição principalmente no caso Cachoeira não como figura de contraventor, mas como personalidade influente nas lides político como intermediador em negócios que atingia supostamente a oposição. Logo por inspiração do ex-presidente Lula, o PT e toda a base aliada saíram em disparada para triturar a oposição. Quando tentaram pisar no freio, já era tarde: se a oposição tinha um governador implicado na saracoteia, a situação estava com dois e a principal empreiteira do PAC, a Delta, afundada até o pescoço no lodaçal. Chega a se concluir que as origens da imoralidade no Brasil remontam às ambiguidades das instituições do colonizador, entre elas, a Santa Inquisição. Em 1945, derrubado o Estado Novo fascista, a conservadora UDN empunhou a bandeira da “eterna vigilância” sem conseguir definir quais eram os seus adversários. O “alucinado” Jânio Quadros usou a vassoura como símbolo para chegar à presidência. Após se comprovou que a campanha presidencial apenas inovara na maneira de receber “ajudas” – a sua parte preferia em espécie. O golpe de 1964 tinha pretensões moralizadoras, mas esqueceu-as rapidamente. O oposicionista MDB  logo se dividiu em “autênticos” e “moderados”, estes com imoderados apetites. O PT foi criado em 1980 para neutralizar a força do “partidão” (o PCB) na estrutura do MDB e liquidar o peleguismo corrupto. Empolgou o país; chegou ao poder, entretanto não se livrou das pragas que contaminaram o exercício do poder: dois anos depois, em 2004, já estava enredado num escândalo, orquestrado pelo mesmo Carlinhos Cachoeira. Depois veio o mensalão, “a menina protetora” de Lula em prol de seus participantes. Nascido no PMDB, o PSDB pretendia manter-se longe do radicalismo e das trambicagens de Orestes Quércia. Com a bandeira da social-democracia e o suporte de quadros de nível pretendia criar uma combinação de eficiência com decência. Produziu façanhas, entre elas entregar a faixa presidencial ao opositor, mas a presença do tucano goiano Marconi Pirillo na teia de Cachoeira mostra que a experiência paulista não conseguiu federalizar-se. A busca da verdade não tem condições de prosperar em ambientes dominados pela busca desmedida de poder. Ética é uma forma de abrir mão do poder. Um partido da ética precisaria um compromisso básico com a probidade. O resto é secundário, não faltam administradores competentes em nossa vida pública para atender às necessidades nacionais, estaduais e municipais. O conceito de “rouba, mais faz” é a nossa desgraça. Criado por Ademar de Barros, gloriosamente amplificado por Paulo Maluf três décadas depois. Alias, é “digno” de registro; aqui: ainda tem “Malufistas” uma cidade que “cresceu” sob “ideologia metafísica” e vulgar na forma de comportamento de seus políticos e, correndo o risco de ser ressuscitado por outros “populistas”. Enfim, “José Dirceu & Cia” - Carlos Cachoeira é a simbologia de uma obsessão política, multipartidária, mas sem bandeiras. A sociedade em comum espera que este quadro desolador da política brasileira, advinda há décadas, despertando para o mesmo formato seja pelo menos amenizado através de sólidos pensamentos de uma nova sociedade que figura através de uma geração sintonizada com a modernidade básica de conceito ético que certamente sucederá pessoas e conceitos éticos, diante de um povo que não é levado a sério.
Antônio Scarcela Jorge


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