Operação Porto
Seguro
PF indicia
Rosemary e outras 22 pessoas
Inquérito foi finalizado ontem e entregue à Justiça
Federal em São Paulo.
A ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência
em SP já era investigada por tráfico de influência, falsidade ideológica e
corrupção passiva.
O inquérito policial sobre
a Operação
Porto Seguro foi finalizado e encaminhado
para a 5ª Vara da Justiça Federal, em São Paulo. O inquérito foi entregue na
noite de sexta-feira, informou a assessoria de imprensa da Polícia Federal de
São Paulo. No total, 23 pessoas foram indiciadas, incluindo Rosemary Noronha
também pela suspeita do crime de formação de quadrilha. A ex-chefe de gabinete
do escritório da Presidência da República em São Paulo, nomeada para o cargo
ainda no governo Luiz Inácio Lula da Silva, já era investigada por tráfico de
influência, falsidade ideológica e corrupção passiva. Por meio de nota, a Polícia
Federal disse neste sábado que 'após a obtenção de informações adicionais em
depoimentos e da análise de documentos apreendidos' durante a operação, dois
novos indiciamentos foram feitos. O primeiro de uma servidora, de nome não
divulgado, que foi enquadrada por formação de quadrilha. Segundo a Polícia
Federal, esta servidora já havia sido 'indiciada anteriormente por outros
crimes'. O segundo indiciamento foi de um diretor da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq), de nome também não divulgado, que pode
responder pelo crime de corrupção passiva. Sobre o diretor da Antaq, a Polícia
Federal se limitou a informar que ele 'não havia sido indiciado antes'. A
Operação Porto Seguro foi deflagrada no dia 23 de novembro contra uma
organização criminosa que atuava infiltrada em órgãos federais e agências
reguladoras para elaborar pareceres técnicos fraudulentos e favorecer
interesses privados. Nesse dia, seis pessoas foram presas e 19 mandados de
condução coercitiva (quando a pessoa é trazida à polícia para ser ouvida e
depois liberada) foram cumpridos. Também foram cumpridos 43 mandados de busca e
apreensão, tanto em Brasília quanto em São Paulo. Nesse mesmo dia, informou a
Polícia Federal, 22 pessoas foram indiciadas, entre elas, vários servidores públicos
que atuavam na Antaq, na Agência Nacional de Águas (ANA), na Agência Nacional
de Aviação Civil (ANAC), na Advocacia-Geral da União, no Ministério da Educação
(MEC), na Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e no Gabinete da Presidência
da República em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, os indiciados respondem
por crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha,
tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica e
falsificação de documento particular, cujas penas variam entre dois e 12 anos
de prisão. A Justiça vai encaminhar os autos para o Ministério Público Federal
(MPF), que pode oferecer denúncia, requerer a volta do seu conteúdo para a
Polícia Federal para outras diligências ou até mesmo para pedir o arquivamento
do inquérito. A Polícia Federal também informou que vai encaminhar o resultado
da análise dos discos rígidos que foram apreendidos durante a operação para a
Justiça Federal no prazo estimado de 90 dias.
Fonte: AGÊNCIA
BRASIL.
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