BASE TENTA ACELERAR VOTAÇÃO, MAS SABATINA DE MORAES NA CCJ FICA PARA PRÓXIMA TERÇA.
Senadores aliados de Michel Temer queriam que
sabatina acontecesse já nesta quarta (15); presidente da reunião decidiu,
porém, dar uma semana para colegiado analisar relatório.

A data já
havia sido indicada pelo presidente do colegiado, Edison Lobão (PMDB-MA) na última sexta (10). O senador, porém, ainda não havia marcado a data
oficialmente.
Governistas
queriam que a sabatina ocorresse já nesta quarta-feira (15), mas, diante de
críticas da oposição, desistiram da antecipação.
Nesta
terça, o relator da indicação, Eduardo Braga (PMDB-AM), leu parecer em que diz
que Moraes é qualificado para ocupar a vaga no STF.
Manobra.

Aliados
do Palácio do Planalto argumentaram que, em outra indicação de autoridade, foi
necessária apenas uma semana da chegada da mensagem presidencial ao Senado para
que fosse realizada a sabatina.
O líder
do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que faz parte do costume
do Senado votar indicações com rapidez. “É consuetudinário”, declarou.
Lindbergh
Farias (PT-RJ) disse que se a comissão acelerar o trâmite da indicação, a CCJ
ficaria “desmoralizada”.
“O PMDB
propor isso daqui é gravíssimo. É um escândalo. Nós não vamos aceitar isso. Que
imagem os senadores vão passar à sociedade? Votar assim apressadamente? Nós
precisamos de tempo. Essa CCJ estará desmoralizada se aprovar a posição do
senador Romero Jucá”, opinou Lindbergh.
O senador
Lasier Martins (PSD-RS) também se demonstrou contrário à aceleração da votação.
“Consuetudinário
significa prática reiterada. Ora, temos apenas um único exemplo em que isso
aconteceu”, expôs.
O líder
do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse que cabia ao presidente da
comissão decidir sobre os prazos da tramitação da indicação no colegiado.
Apesar da
pressão de governistas, o vice-presidente da CCJ, Antonio Anastasia (PSDB-MG),
que presidia os trabalhos na ausência de Edison Lobão (PMDB-MA), entendeu que a
sabatina deveria ser mantida para a próxima terça-feira.
Diante do entendimento
de Anastasia, os governistas, representados por Romero Jucá, decidiram aceitar
a data e desistiram da antecipação.
Fonte: G1 – DF.
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